Esportes

Pesquisa revela que 20% das atletas da Copa Feminina de 2023 sofreram ataques online

Inteligência Artificial da Fifa e Fifpro foi crucial no combate a mensagens de ódio nas redes sociais contra jogadoras do Copa do Mundo feminina em 2023

11 Dez 2023 - 21h29 | Atualizado em 11 Dez 2023 - 21h29
Pesquisa revela que 20% das atletas da Copa Feminina de 2023 sofreram ataques online Lorena Bueri

Um estudo da Fifa e do Sindicato Mundial de Jogadores de Futebol (Fifpro) revela que, durante a Copa do Mundo Feminina de 2023, cerca de 20% das jogadoras sofreram ataques online. Ferramenta de Inteligência Artificial foi utilizada para proteger mais de 700 atletas, treinadoras e dirigentes de ofensas online na competição. 

Milhares de ataques a jogadoras foram identificados 

Os dados divulgados pela Fifa e Fifpro, mostram que das 152 atletas inscritas na competição, 20% delas foram alvo de mensagens de comentários ofensivos, como mensagens discriminatórias e ameaças. O SMPS (Serviço de Proteção de Mídias Sociais) analisou mais de 5 milhões de postagens e comentários, 2,1 mil contas de redes sociais pessoais e 239 contas de entidades esportivas. 

Discursos homofóbicos, sexistas ou com algum tipo de abuso sexual representam 50% dos ataques registrados no levantamento.


Grafico com selecoes que mais sofreram ataques na copa de 2023

Gráfico mostra as dez seleções que mais receberam ataques online durante a competição feminina (Reprodução/FIFPRO)


Jogadoras foram mais atacadas do que jogadores da Copa do Mundo masculina 

O estudo compara a edição feminina de 2023, realizada na Austrália e na Nova Zelândia, com a Copa do Mundo Masculina do Catar em 2022. As jogadoras estiveram 29% mais expostas a mensagens de ódio e abusos online. Das mensagens analisadas no Mundial Feminino (0,14% do total), foram consideradas abusivas, enquanto no Mundial Masculino as mensagens de ódio representaram 0,10% do total.

Uso da inteligência artificial no combate as mensagens de ódio 

A ferramenta que identifica e remove discursos de ódio, usada pela sétima vez em competições da Fifa, tem sido uma aliada no combate a cibercrimes. Gianni Infantino, presidente da Fifa, explica: “Não pode haver lugar nas mídias sociais para aqueles que abusam ou ameaçam alguém, seja nos torneios da Fifa ou em qualquer lugar […] Graças ao SMPS, introduzido há um ano pela Fifa com apoio da Fifpro, ajudamos a reduzir a exposição de jogadoras, times e dirigentes ao abuso online e ao discurso de ódio”. 

Além disso, a Fifa e a Fifpro realizaram levantamentos sobre cansaço e saúde mental das jogadoras durante a competição de 2023."

Foto destaque: Seleção espanhola comemorando a Copa do Mundo de 2023 (Reprodução/Carl Recine/Reuters)

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