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Paris 2024 terá maioria masculina, contrariando promessas de equidade de gênero

Paris 2024 revela desigualdade de gênero com predominância masculina na distribuição de vagas olímpicas em diversas categorias

17 Jul 2024 - 18h00 | Atualizado em 17 Jul 2024 - 18h00
Paris 2024 terá maioria masculina, contrariando promessas de equidade de gênero Lorena Bueri

Há três anos, o COI anunciou o programa dos Jogos Olímpicos de Paris. A igualdade de gênero entre atletas é desafiada, com previsões de até 100 a 200 atletas masculinos a mais. O hipismo destaca-se pela disparidade, apesar da igualdade de condições. Modalidades como tênis, atletismo e natação também mostram números desiguais. A lista final de atletas será divulgada pelo COI com possíveis ajustes até dia 26 de julho.

Desafios na distribuição de vagas

Há três anos, o COI anunciou a distribuição inicial das vagas olímpicas com o objetivo de promover equidade entre homens e mulheres nos Jogos. Enquanto esportes como wrestling, futebol e polo aquático apresentavam mais atletas masculinos, ginástica rítmica e nado artístico buscaram um maior equilíbrio com uma representação feminina robusta. No entanto, desafios persistem em modalidades como hipismo, atletismo, natação e tênis, onde a presença masculina é predominante. Apesar dessas disparidades, esta edição olímpica marca um avanço significativo rumo à igualdade de gênero


A categoria de tênis também apresenta uma desigualdade em relação às mulheres (Foto: reprodução/Instagram/@paris2024)


Nos Jogos de Tóquio, participaram 11.319 atletas, sendo 5.910 homens e 5.409 mulheres, refletindo um equilíbrio crescente na representação de gênero. A delegação brasileira, composta por 276 atletas, destaca-se pela maioria feminina, representando 55% do total. No hipismo olímpico, homens e mulheres competem igualmente por vagas e medalhas, sem distinção de provas por gênero. Das 200 vagas disponíveis, algumas delegações ainda não confirmaram seus números finais, prevendo-se uma pequena diferença com aproximadamente 60 homens a mais que mulheres nesta modalidade.

Equidade de gênero nas modalidades

Natação e atletismo, sendo as modalidades com maior contingente de atletas, enfrentam desafios na busca pela equidade de gênero devido às cotas de universalidade. Essas vagas são reservadas para países sem atletas qualificados, sendo preenchidas conforme critérios dos comitês nacionais, sem exigência de equilíbrio entre os sexos. Segundo levantamento do ge, há previsão de um excedente de 21 atletas masculinos no atletismo e 69 na natação. A lista final será oficialmente divulgada pelo COI em 26 de julho.

No tênis, atualmente há um desequilíbrio com seis vagas a mais para homens devido a desistências de atletas bem posicionados no ranking. Nas demais modalidades olímpicas, a distribuição de gênero varia, às vezes favorecendo mais homens e outras mais mulheres. Por exemplo, no remo, os timoneiros podem ser de qualquer gênero em todas as provas, enquanto no badminton, dois atletas franceses foram adicionados devido a erros no ranking mundial. A delegação de Refugiados, que recebeu várias vagas, tem uma representação masculina maior. O número total de atletas será oficialmente anunciado pelo COI na cerimônia de abertura em 26 de julho, sujeito a mudanças devido a realocações, lesões, sanções por doping e revisões nas classificações de países menos tradicionais.

Foto destaque: o hipismo é uma das categorias que terão mais homens que mulheres (reprodução/Rodrigo Pessoa/ge)

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