Esportes

Paraolimpíadas: gêmeas da natação fazem "dobradinha" e garantem pódio

Débora e Beatriz Carneiro conquistam o pódio no dia do aniversário do pai, que está em Paris para acompanha-las

02 Set 2024 - 20h30 | Atualizado em 02 Set 2024 - 20h30
Paraolimpíadas: gêmeas da natação fazem 'dobradinha' e garantem pódio Lorena Bueri

As irmãs gêmeas Bia e Débora Carneiro, fizeram uma dobradinha brasileira na natação e ficaram com o bronze e a prata, nos 100m peito feminino SB14 (é uma classe de competição dos jogos paraolímpicos para atletas com deficiência intelectual). Debora completou a prova com o tempo de 1min16s02, enquanto Bia fez em 1min16s42. A conquista das duas veio no dia do aniversário do pai delas, Eraldo. 

O pai das atletas sempre as acompanha de perto. Para ele, essa foi uma escolha que fez e não se arrepende pois assim conseguiu apoiar e estar perto de todo o sucesso das filhas. Eraldo, defende a importância do esporte na vida da pessoa com deficiência: “A gente tem que falar em inclusão, é uma pessoa com deficiência que pratica um esporte para pessoas com deficiência, então elas são estrelas no segmento delas. Elas têm uma inteligência para nadar. Então, é importante destacar que o deficiente intelectual não é desprovido de inteligência, eles têm uma inteligência diferente”, disse Eraldo.

O ouro ficou com Louise Fides, britânica que completou a prova com 1min15s47.



Beatriz, Débora e seu treinador André (Foto: reprodução/Instagram/@asgemeasdanatacao)


O diagnóstico

Beatriz foi diagnosticada aos seis anos com deficiência intelectual e está, desde 2017, na seleção brasileira. Já Débora nasceu com deficiência intelectual de grau moderado.

Início na natação

A escola onde as gêmeas estudavam tinha uma parceria com uma academia e ofereceu a opção da natação. O pai das atletas, seu Eraldo Cordeiro, teve a ideia de colocá-las para praticar esporte pensando na segurança das filhas, pois moravam em uma casa que tinha piscina. O interesse pelas competições surgiu quando a mãe das meninas faleceu em decorrência de um câncer no pulmão, quando elas tinham 11 anos, pois o pai precisava encontrar algo para que elas se ocupassem enquanto ele trabalhava.

As atletas paralímpicas estão nas categorias S-14, SM-14 e SB-14, que reúnem somente atletas com Deficiência Intelectual, Síndrome de Down e Autistas. A primeira competição oficial disputada por elas foi o Torneio Regional de Campo Mourão, em agosto de 2013, e já nesse primeiro ano ficaram em primeiro e segundo lugar no Ranking Nacional.

Em 2015, as duas participaram da primeira competição internacional, o Open Internacional Caixa Lotérica, e passaram a integrar a lista do ranking mundial de 2015 do Comitê paralímpico Internacional. Em 2016, as atletas representaram pela primeira vez a seleção brasileira de natação de jovens. No mesmo ano, Beatriz conseguiu se qualificar para participar das paraolimpíadas do Rio 2016, nas provas de 200m livre e 100m peito. Na disputa dos 100m peito, Beatriz estabeleceu o recorde pan-americano da prova.

Hoje aos 26 anos, após as conquistas das medalhas, as atletas se mostram muito agradecidas pelo pai e pela madrasta Mônica por todo apoio e carinho que receberam durante as competições, as meninas mantém seus perfis nas redes sociais onde mostram suas rotinas de treinos e competições "as gêmeas da natação"

Débora está competindo pela segunda vez, e chegou ao pódio pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos. Já Beatriz disputa as Paraolimpíadas pela terceira vez.


Foto Destaque: as gêmeas posam com sua medalha em Paris 2024 (Reprodução/site/Globo Esporte/Giovana Pinheiro)

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