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Organização de Direitos Humanos acusa Catar de perseguir e torturar LGBTs antes da Copa do Mundo

Às vésperas de Copa do Mundo, organização dos Direitos Humanos acusa Catar de prender e torturar pessoas LGBTQIA+. É ilegal ser homossexual no país, o que levanta preocupações para Copa.

24 Out 2022 - 18h51 | Atualizado em 24 Out 2022 - 18h51
Organização de Direitos Humanos acusa Catar de perseguir e torturar LGBTs antes da Copa do Mundo Lorena Bueri

Nesta segunda-feira (24), a organização Human Rights Watch (HRW) – organização internacional e não governamental que defende e fiscaliza a aplicação dos Direitos Humanos -, emitiu um comunicado em que defendia os direitos humanos e disse que a polícia do Catar deteve arbitrariamente e maltrataram pessoas da comunidade LGBTQIA+, violando alguns direitos destas pessoas.

Nas vésperas da Copa do Mundo, a organização trouxe ao público que seis pessoas foram presas em uma prisão subterrânea no Departamento de Segurança Preventiva do Ministério do Interior do Catar, país em que é sede do maior evento esportivo do mundo.

A organização entrevistou seis pessoas LGBT do Catar, incluindo quatro mulheres trans, uma mulher bissexual e um homem gay que foram detidos entre os anos de 2019 e 2022, os relatos foram que os policiais assediaram verbalmente e submeteram os detentos a abusos físicos, de tapas a chutes e socos até perderem a consciência diversas vezes. “Os órgãos oficiais de segurança infligiram abusos verbais, obtiveram confissões forçadas e negaram aos detentos o acesso aos seus advogados, família e atenção médica”, completa o documento.

Além disso, todos disseram que a polícia os forçou a assinar promessas indicando que iriam “cessar a atividade imoral” e que as mulheres transexuais foram obrigadas a participar de sessões de “terapia de conversão” em uma clínica psiquiatra patrocinada pelo governo.

Uma autoridade do Catar afirmou em comunicado que as alegações da HRW “contêm informações que são categóricas e inequivocamente falsas”, mas não especificou quais informações estão erradas.


Catar é o primeiro país árabe que é sede da Copa do Mundo em 2022. (Foto Reprodução: Ansa-Brasil)


A realização da Copa do Mundo no país colocou em destaque o debate sobre os direitos humanos e algumas estrelas do futebol levantaram preocupações sobre a garantia dos direitos dos torcedores que viajam para o evento, especialmente da comunidade LGBT+ e as mulheres, que segundo a legislação do Catar, são grupos discriminados.

Os organizadores do evento, que começa no dia 20 de novembro, pontuam que todos, independentemente de sua orientação sexual ou origem, são bem-vindos, mas, alertam que é melhor evitar demonstrações publicas de afeto. Em um comunicado a HRW, disse “A liberdade de expressão e a não discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero devem ser garantidas, permanentemente, para todos os residentes do Catar, não apenas para os espectadores que vão ao Catar para a Copa do Mundo”, declarou a organização em apoio aos torcedores que irão ao evento e também os moradores LGBTs do país muçulmano.

A Copa do Mundo de 2022 começará no dia 20 de novembro.

Foto Destaque: Montagem da bandeira LGBT e da imagem de divulgação da Copa do Mundo 2022. (Reprodução/Instagram)

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