Foi decidido pelo Comitê de Gestão da Federação Internacional de Ciclismo (UCI) que atletas transexuais femininas não poderão participar de competições femininas. A regra entra em vigor a partir do dia 17 de julho deste ano. A ordem é que atletas transexuais femininas que passaram pela transição depois da puberdade masculina sejam barradas.
A decisão tomada veio após Austin Killips, uma mulher transgênero, vencer um evento de ciclismo, o Tour of the Gila, nos Estados Unidos. O episódio foi visto de forma negativa por torcedores e atletas da modalidade. Na época Austin estava dentro dos padrões regulamentares da competição, que especificavam que ciclistas tran tivessem seus níveis de testosterona em 2,5 nanomoles por litro ou sua transição de gênero houvesse sido realizada no máximo em 24 meses antes para ingressar em eventos femininos.
Austin Killips no evento que venceu nos EUA (Foto: Reprodução/Instagram/@Austin_trace)
O presidente da Federação Internacional de Ciclismo, David Lappartient falou sobre a decisão escolhida. Segundo ele, a Federação respeita e apoia completamente o direito de qualquer pessoa à escolha do sexo que corresponda a sua identidade. Entretanto, Lappartient afirmou que a Federação deve garantir, acima de tudo, a igualdade de oportunidades para todos aqueles que queiram competir em provas de ciclismo e que, portanto, como o estado atual do conhecimento científico não garante tal igualdade de oportunidades entre atletas transgênero e mulheres cisgênero, por precaução, "não iremos autorizar a competir nas categorias femininas”, afirmou o presidente da Federação Internacional de Ciclismo.
Em estudo científico, a UCI, alegou que a concentração de testosterona em níveis de 2,5 nmol/L em conjunto há dois anos de terapia hormonal não são capazes para eliminar completamente os benefícios de testosterona durante a puberdade em homens.
Esta não é a primeira vez que atletas trans são barradas da prática de alguma modalidade por apresentar superioridade. Em março deste ano, a Federação de Atletismo também proibiu mulheres transgêneros de participar de competições femininas.
Foto destaque: Atleta na modalidade de ciclismo olímpico de pista/Reprodução: Ge
