Nino Paraíba resolveu pedir demissão de seu clube atual, o América-MG, após descobrir que seu nome estava presente na Operação Penalidade Máxima, que consiste em uma série de investigações para descobrir supostos esquemas de manipulações de resultados no futebol brasileiro.
"O América Futebol Clube informa que o lateral Nino Paraíba teve o contrato rescindido nesta segunda-feira. A decisão foi tomada pela direção do Clube que acatou o pedido de demissão do atleta", declarou o clube em nota sobre a demissão.
O nome do jogador foi citado por apostadores que estão sendo investigados. A acusação é que Nino Paraíba participou dos esquemas enquanto atuava pelo Ceará em 2022. De acordo com a operação, ele concordou em cometer faltas com intenções de levar cartão amarelo, além de terem sidos descobertos comprovantes de transferências com seu nome no valor de R$ 20 mil reais. O atleta até o momento ainda não foi convocado para explicações pela autoridades.
Os jogadores aliciados por grupos criminosos recebiam até R$ 100 mil para provocar cartões amarelos e vermelhos ou realizar outras ações dentro de campo.
Operação Penalidade Máxima cumpre mandato em seis estados do Brasil (Foto: eprodução/ge)
Até o momento, seis jogadores foram afastados por seus clubes, são eles: Eduardo Bauermann (Santos), Richard (Cruzeiro), Vitor Mendes (Fluminense), Fernando Neto (São Bernardo), Raphael Rodrigues (Avaí) e Max Alves (Colorado Rapdis-EUA).
Além de Nino Paraíba, outros três jogadores tiveram seus contratos rescindidos, foram eles: Pedrinho e Bryan Garcia, ambos do Athletico-PR, e Gabriel Tota do Juventude.
Os jogadores do Coritiba Jesús Trindade e Alef Manga estão suspensos até o dia 19 de maio, data em que irão depor sobre suas acusações.
A operação Penalidade Máxima garante que os jogadores que participaram dos esquemas iram receber punições e podem ficar até seis anos presos pelo envolvimento criminoso.
Foto Destaque: Nino Paraíba quando atuava pelo América-MG no início de 2023. Reprodução/O Dia