Perguntado sobre seu futuro após o empate contra o Cruzeiro, resultado que tirou oficialmente o alvinegro da briga pelo título, o goleiro Lucas Perri recordou os momentos pelo clube em tom de despedida. O atleta, que tem negociação com o Lyon em curso, também não fugiu de comentar sobre a atual fase do clube carioca.
Diante de um Engenhão em clima de frustração, os pouco mais de 10 mil torcedores presentes viram um empate morno entre Botafogo e Cruzeiro, resultado que afasta definitivamente os sonhos de título do alvinegro. Diante dos anseios da torcida, o goleiro Lucas Perri foi perguntado sobre seu futuro no clube e a má fase vivida pelo time.
“O futuro eu não sei o que vai acontecer. Posso dizer que tenho muita gratidão por tudo que o Botafogo me proporcionou [...] Continuando aqui ou não, sou muito grato por todos os momentos que vivi com esse time e com essa torcida”, declarou o goleiro, que tem negociações encaminhadas com o Lyon, da França – um dos clubes que, além do Glorioso, pertencem ao CEO John Textor.
Um dos destaques no ano, o goleiro chegou a alcançar convocações na seleção nacional de futebol, principalmente por conta do 1° turno de alto nível desempenhado pela equipe carioca. Em contraste, tem vivenciado momentos de dificuldade, em que a relação entre time e torcida fecha o ano estremecida. “Quando os resultados não vêm da forma que queríamos, é natural, temos que ser cobrados e vaiados. Não posso controlar o que a torcida vai achar de mim. Da minha parte, só gratidão e orgulho de ter representado o Botafogo”, comentou.
O goleiro chegou a ser convocado para a seleção nacional. (Foto: reprodução/Instagram/@lucasperri)
Momentos difíceis
O empate contra o Cruzeiro encerra de vez o objetivo de levantar a taça de campeão brasileiro. Após abrir 13 pontos na liderança, a equipe descarrilhou em uma das piores campanhas de returno da competição – no returno, o Botafogo somou apenas 17 pontos, superando apenas os três virtuais rebaixados: Coritiba (16), América-MG (14), Goiás (13). O time ocupa atualmente a quinta colocação, o que não garante a vaga direta na fase de grupos da Libertadores.
“Esse é um momento para nós assumirmos a responsabilidade. Tanto os jogadores, como diretoria, staff e o todo. Responsabilidade pelo que tivemos de bom e pelo o que tivemos nesse segundo turno muito ruim”, afirmou. Perri considera um momento delicado para colocar a cabeça no lugar e mensurar as coisas boas e ruins da temporada, mas ficar atento ao fato de que a temporada do time não acabou: “[...] esse momento é de reflexão e de trabalho, porque temos um jogo contra o Internacional para conseguir a vaga direta no G-4”.
O goleiro também foi perguntado em relação às declarações de seu colega, Diego Costa, que teria atribuído a má fase da equipe a uma suposta falta de humildade. “Não ouvi o que o Diego falou. Ele é um cara experiente, mas não vejo por esse lado. Vivemos muita coisa boa no primeiro turno, mas por muitas coisas fizemos um segundo turno tão abaixo do nosso esperado. Acredito que a atmosfera que a torcida criou foi fantástica. A torcida tem razão de cobrar [...]”, ponderou Perri.
Garantido na Libertadores do ano que vem, o Botafogo ainda briga por uma vaga direta na competição continental – que só é adquirida pelos quatro times mais bem colocados da tabela. Para isso o time precisa de uma combinação de resultados: além de vencer o Internacional, em Porto Alegre, conta com um eventual tropeço de Grêmio, Flamengo ou Atlético-MG. Todos os jogos da última rodada serão disputados na quarta-feira (6), às 21h30 (Brasília).
Foto destaque: Em negociações com o Lyon, Perri não é garantia para o futuro do Botafogo. (Reprodução/Instagram/Alexandre Neto/@lucasperri)
