A seleção brasileira começou bem, talvez um dos melhores inícios nas olimpíadas, mas aos poucos foi dando oportunidades aos adversários e pecando em bolas que poderiam colocar no chão. E em jogos olímpicos não se pode dar o luxo de se manter errando.
O Brasil chegou a abrir 20 a 13 no terceiro set e viu uma incrível virada dos russos acontecer e perder por 26 a 24, minando a confiança dos brasileiros em momento decisivo do jogo e, pela primeira vez desde Sidney (2000), não se terá Brasil em uma final olímpica.
- Eles fizeram uma reviravolta no terceiro set. É complicado, porque você está jogando bem e vem uma pedra em cima de você. É f*** psicologicamente reverter isso. Mas a gente começou bem o quarto set. A gente estava na frente, mas eles começaram a ter confiança. Aquela confiança que eles tinham perdido ali no terceiro set, eles cresceram e fizeram o que melhor sabem: sacaram muito bem e dificultaram nossa virada de bola principalmente no final do terceiro set e no quarto set. A gente sabia que era uma equipe pesada. É um ponto forte deles a potência no saque, e geralmente isso acontece quando se tem confiança. A culpa foi nossa que colocamos eles no jogo. Depois que entraram no jogo fica difícil controlar. É muito difícil virar essa chave depois que você toma uma porrada como a gente tomou no terceiro set. - contou Lucão.
Após forte reação e conquista do segundo e terceiro sets, com a confiança voando alto, o comitê olímpico russo também fechou o quarto set e garantiu a vaga para final.
- A gente lamenta demais não sair daqui com uma vitória. A gente queria disputar uma final, mas bola pra frente. Vamos dar parabéns à equipe russa, porque jogou agressivamente o tempo todo. A gente suportou um bom tempo e na metade do jogo em diante não conseguimos imprimir um ritmo forte de saque. Eles jogaram com o passe na mão, e é difícil jogar contra eles assim. Mas a garotada está de parabéns porque se entregou ao máximo. Agora vamos pensar em uma medalha de bronze – declara o técnico da seleção Renan Dan Zotto.
Camisa 8 do Brasil declara: "Não acho que seja excesso de confiança. Acredito que travamos de novo na rede" (Crédito: Toru Hanai / Getty Images)
Wallace, oposto da seleção também afirma que o time o time pagou pela autoconfiança, mas que “travou” diante a crescente dos rivais na partida. Não acho que seja excesso de confiança. Acredito que travamos de novo na rede"
- Não acho que seja excesso de confiança. Acredito que travamos de novo na rede. Isso é fogo, não pode acontecer com uma equipe como a da Rússia. Então, pegamos um preço caro. Não tem muito o que falar. Tem que dar os méritos para eles também. Erramos em alguns momentos, não conseguimos girar algumas bolas. Isso daí pesa bastante. Então, é pensar na disputa de terceiro. Jogar como se fosse uma final para tentar essa medalha.
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O comitê olímpico russo foi de fato uma pedra no nosso sapato. Na etapa de classificação já havíamos sofrido com uma derrota dura de 3 a 0, onde nada deu certo, e o bloqueio e ataque deles estavam em grande dia. E errar uma vez acontece, mas duas acaba sendo uma falha irreversível numa grande competição como são as olimpíadas.
O Brasil, depois de 21 anos, assistirá a final do vôlei olímpico masculino pelo lado de fora irá em busca do bronze para o masculino, ao menos, encerrar sua participação no pódio. O adversário será a Argentina que perdeu para a França na outra semifinal.
Foto destaque: Reprodução: Getty Images