Há menos de 100 dias do início da Copa do Mundo do Catar, o comitê organizador afirma que a sustentabilidade ambiental foi, desde o início, um dos pilares da candidatura. Em 2010, ano em que o país asiático foi escolhido para ser a primeira sede do Oriente Médio de um mundial de futebol, a agenda ambiental começava a tomar uma proporção gigantesca.
Essas pautas também são fortemente críticas às emissões de carbono, intensificado por grandes obras de infraestrutura, como as que ocorreram no Catar. O Comitê Supremo para Entrega e Legado disse que a posição, desde de sempre, foi em agir para minimizar ou compensar os danos provocados e o impacto negativo que deixou por emitir para a atmosfera 3,6 mega toneladas de CO2 e gases do efeito estufa.
Estufa com mudas de plantas desertícas tradicionais no Catar. (Foto: Reprodução/Site Qatar2022)
Os primeiros objetivos que foram estabelecidos pelo comitê inicialmente, no escopo da candidatura, não previam aumentos tão drásticos nas emissões. O único ano em que houve redução foi 2020, ou seja, justamente na época em que a econômica global sofria os impactos da pandemia de Covid-19.
Durante os estudos de viabilidade dos projetos de infraestrutura, das inúmeras viagens que levarão os torcedores até o Catar, da construção das acomodações e outras fontes de emissão de ativos danosos ao meio ambiente, ficou evidente que grande parte desses planos foram cumpridos e, assim, projetos de excelência sustentável foram entregues.
Ainda segundo o mesmo comitê, a Copa de 2022 vai cumprir uma quantidade significativa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Uma pesquisa sobre os impactos do evento em si indicou que a expectativa é de que a queima de combustíveis causados por viagens, torcedores, delegações e imprensa representarão mais de 50% do gás carbônico emitido durante o período de celebração no país.
Área externa do Estádio Al Bayt é cercado por um lago e gramado artificial. (Foto: Reprodução/Site Qatar2022)
A infraestrutura de transporte é robusta, porém, ao mesmo tempo, compacta. Esse, com certeza, é um fator decisivo para que a poluição provocada pela aviação, por exemplo, seja bastante mitigada. Desde o início, os organizadores trabalharam em campanhas de plantio de árvores, na realização de investimentos em tratamento e reuso de água, além de projetos para a redução de resíduos e em energia limpa nos estádios e infraestruturas. Essas são as apostas para que, a longo prazo, a sustentabilidade nos projetos do Catar não sejam mais questionáveis e para que assim figurem como principal referência no cumprimento de metas ambientais na região.
Foto Destaque: Doha, capital do Catar, em um fim de tarde. Reprodução/Chris Clark/Pexels