Com a estratégia ruim de três paradas escolhida pela equipe Ferrari, além de monegasco ficar fora do pódio do GP da Hungria neste domingo (31), o piloto viu a diferença na luta pelo título da F1 subir para 80 pontos. Leclerc largou com pneus médios em Hungaroring e ao fazer o overcut na primeira rodada de pitstops, ele passou seu companheiro de equipe, Carlos Sainz, e assumiu o segundo lugar.
Com pneus mais novos, Leclerc ultrapassou o líder da corrida, George Russell, e assumiu o P1. Mas quando a Ferrari trouxe o piloto para os boxes na volta 39, a equipe decidiu colocar pneus duros que apresentavam problemas para aquecer em condições frias. Com pneus mais duros e seus principais adversários iam de médios ou macios, Leclerc foi ultrapassado duas vezes por Max Verstappen, que havia largado em 10º, e perdendo tempo a cada volta, ele acabou fazendo uma terceira parada 15 voltas depois.
Leclerc demonstra seu desapontamento e questiona a estratégia escolhida pela Ferrari. (Foto: AFP)
Pelo rádio, o piloto questionou se os outros pilotos também tinham escolhido pneus mais duros e se tiveram desempenho semelhante. “Sim, todos foram ruins”, responde a equipe e Leclerc questiona: “E por que escolhemos essa estratégia?”. O piloto apenas ouviu de volta um “vamos conversar”, sem mais explicações.
Após a corrida e com o sexto lugar no GP, Leclerc deixou claro seu desapontamento e que será preciso entender o porquê. “Estou muito, muito desapontado. O ritmo foi muito bom com os pneus médios, no segundo stint também, tudo estava sob controle. A única coisa que todos se lembrarão é da última parte da corrida, que foi um desastre para mim. Por isso que eu perdi a corrida”.
Mattia Binotto, chefe da escuderia Ferrari, disse que as simulações indicaram que, embora os pneus duros sejam mais difíceis de atingir a temperatura logo de início, eles foram previstos como melhor pneu para o final da corrida. “Quando colocamos pneu duro, nas simulações foi que poderia ter sido algumas voltas difíceis de aquecimento. Teria sido mais lento para o médio por 10 a 11 voltas, e depois voltaria e seria mais rápido do que o final do stint, e foi um stint de 30 voltas”, explicou Binotto.
Faltando nove rodadas para o desfecho do campeonato, a F1 terá uma pausa e retorna daqui três semanas para a disputa do GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps, em 28 de agosto.
Foto destaque: Leclerc términa em sexto o GP da Hungria após troca de pneus para composto duro. Crédito: AFP