A Justiça Desportiva do país puniu a Juventus com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano. Segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira (20), 11 dirigentes e ex-dirigentes também foram suspensos. O clube foi acusado de fraudes fiscais. A decisão ainda cabe recurso.
Todos os ex-membros do conselho de administração do clube foram condenados, ainda que tenham pedido demissão de suas respectivas funções no final de 2022. O ex-diretor de futebol da Juventus e atual do Tottenham, Fabio Paratici, foi suspenso por 30 meses. O ex-presidente, Andrea Agnelli, por 24 meses e o ex-vice-presidente e ídolo do clube, Pavel Nedved, por 8 meses.
O ex-jogador e ex-diretor da Juventus, Pavel Nedved, e o ex-presidente Andrea Agnelli, estão entre os suspensos. (Foto: Daniele Badolato/Juventus FC)
A Juventus ocupava a terceira colocação, com 37 pontos, na 18ª rodada. Com a punição da Federação Italiana de Futebol, o time caiu para décimo lugar, com 22 pontos. A diferença que antes era de 10 pontos para o líder, Napoli, aumentou para 25. O clube de Turim está praticamente fora da disputa do Campeonato Italiano e corre o risco de não se classificar para a Champions League — 12 pontos o separam do G4.
Tabela do Campeonato Italiano após a punição. (Foto: Reprodução/Golazzo)
A Juventus tem até 30 dias para apresentar um recurso junto ao Conselho de Justiça da Itália.
Entenda o caso:
Uma bomba estourou nos corredores do Juventus Stadium ainda no final de 2022. A polícia italiana especializada em mercado financeiro, Guarda di Finanza, encontrou o que ninguém queria que fosse encontrado: documentos em que a Juve se comprometia a pagar os salários durante os primeiros meses da pandemia. Oficialmente, o clube italiano disse que os jogadores abriram mão de receberem esses valores, mas os pagamentos foram feitos "por baixo da mesa".
Na temporada 21/22, a Juventus registrou um débito negativo de € 220 milhões, cerca de R$ 1,22 bilhão. O cenário do clube é catastrófico.
Foto destaque: Cristiano Ronaldo lamenta. Reprodução/ESPN