Jorge Jesus não consegue esquecer o Flamengo, clube no qual foi multicampeão em 2019 e início de 2020, quando, em plena pandemia, rumou de volta a Portugal para dirigir o Benfica. Em entrevista ao Canal 11 de sua terra natal, o treinador relembrou os momentos no time carioca e afirmou que no Brasil só treinaria o Rubro-Negro, nutrindo um retorno no futuro.
O veterano treinador português relembrou uma passagem polêmica de sua carreira, onde saiu de um time para dirigir o seu maior rival. Em 2015, ele dirigia o Benfica, mas após uma proposta tentadora do seu maior rival, o Sporting, ele fechou com o clube no meio da temporada e foi chamado de Judas pelos torcedores benfiquistas. Jorge Jesus afirma que não pretende fazer isso no Brasil e o Flamengo teria prioridade em um futuro retorno.
Elogios ao Campeonato Brasileiro e à torcida
“ É um campeonato que adorei jogar, muita qualidade, paixão enorme”, é o que diz Jorge Jesus para elogiar a torcida e a qualidade do Campeonato Brasileiro. O português complementa que “Gostaria de um dia voltar, mas não quero fazer a mesma coisa que fiz quando saí do Benfica para o Sporting” e conclui afirmando que gostou de jogar o Campeonato Brasileiro e esteve bem próximo de retornar ao país em 2022.
Tempo de Flamengo
O português chegou ao Flamengo em junho de 2019 para substituir Abel Braga e ficou até julho de 2020, quando retornou ao Benfica. Durante o período no Rubro-Negro, ele foi multicampeão, conquistando o Campeonato Brasileiro e a Libertadores de 2019, o Campeonato Carioca, a Supercopa do Brasil e a Recopa Sul-Americana em 2020. Foram 58 partidas com apenas quatro derrotas, tendo um aproveitamento de cerca de 81%.
Jorge Jesus orienta sua equipe em duelo pela Champions Asiática (Foto: reprodução/Abdullah Ahmed/Getty Images Embed)
Jorge Jesus e Neymar
Hoje no Santos, Neymar e Jorge Jesus trabalharam no Al-Hilal por um pouco mais de um ano, porém a relação entre os dois terminou desgastada com a saída do atleta para a equipe paulista.
Na entrevista, o treinador declarou que não sente remorso por afirmar que Neymar, após longa lesão, não estava fisicamente à altura dos companheiros de equipe e assim não o inscreveria no campeonato saudita. O craque brasileiro decidiu então retornar ao país para continuar a carreira no clube que o revelou.
Nos últimos dias, o CEO do Al-Hilal, Esteve Calzada, disse que a saída de Neymar se deu por falta de empenho do atleta e que ele não agregava mais para o projeto do clube. Calzada, porém, admitiu que o atacante brasileiro foi muito importante para o marketing e para a Liga Saudita.
Foto Destaque: Jorge Jesus, treinador do Al-Hilal da Arábia Saudita (Reprodução/Noushad Thekkayil/NurPhoto/Getty Images Embed)
