O empresário John Textor, à frente do Botafogo e integrante do grupo Eagle Football, revelou sua decisão de vender sua participação no Crystal Palace, clube inglês no qual detém 43% das ações. A medida surge após um impasse com a UEFA, que ameaça barrar o clube inglês e o Lyon da próxima Liga Europa devido às regulamentações contra a propriedade múltipla de clubes.
Após a reunião de terça-feira (3) na sede da UEFA, na Suíça, foi emitido um relatório. O foco principal da discussão foi avaliar a posição de clubes com a mesma propriedade que conseguiram vaga na mesma competição internacional. Tanto o Lyon, da França, onde Textor é acionista majoritário, quanto o Crystal Palace garantiram vaga na Europa League da próxima temporada, o que viola os critérios de integridade esportiva estabelecidos pela entidade europeia.
Falta de controle
Durante a reunião, John Textor deixou claro que sua influência no Crystal Palace é limitada e que sua participação não permite interferência direta na administração do clube. "Todo mundo no Reino Unido sabe que eu não tenho controle sobre as decisões do Palace. Se eu tivesse, não estaria buscando vender minha parte agora", afirmou em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.
O empresário também destacou que sua intenção inicial era ampliar seus investimentos no clube, mas as restrições e o risco de punições levaram à decisão de se desfazer das ações. "Tentamos negociar a compra de uma fatia maior, mas ficou evidente que isso não seria possível. Por isso, nosso foco agora é ajudar na separação e na venda, tanto para proteger o Palace quanto para resolver a situação com a UEFA", completou.
Comemoração do Crystal Palace pela Emirates Cup em casa, no Selhurst Park (Foto: reprodução/Crystal Pix/MB Media/Getty Images Embed)
Impacto em outros clubes
Além do Crystal Palace e do Lyon, John Textor também controla o Botafogo, no Brasil, e tem participação em outros clubes pelo mundo. A decisão de se desfazer da sua parte no clube inglês faz parte de uma estratégia maior. O objetivo é certificar-se de que todos os seus outros negócios cumpram as regras impostas pelas entidades que comandam o futebol no mundo.
O empresário não disse quando a venda será finalizada, mas garantiu que quer resolver logo essa situação. Ele quer evitar que seus outros times, como o Lyon e o Botafogo, sofram punições que atrapalhem seu desempenho em torneios internacionais.
Foto Destaque: John Textor (Reprodução/Eurasia Sport Images/Getty Images Embed)