O Sport Club Internacional está passando por um momento turbulento nos bastidores. A equipe, que vinha de uma sequência invicta de 13 partidas, agora enfrenta críticas devido à queda de produção e à eliminação precoce no Campeonato Gaúcho. A situação se agravou a ponto de despertar uma crise no vestiário.
Caos nos bastidores
Alguns torcedores colorados acessaram a sala de imprensa já na madrugada do estádio. Lá, encontraram o diretor esportivo Magrão e o vice de futebol Felipe Becker, e discutiram sobre a situação do time e os resultados. No mesmo local, momentos antes, os dirigentes, claramente desalentados, assistiram à entrevista coletiva de Eduardo Coudet. O evento se torna ainda mais incomum devido a um protesto intenso que ocorreu minutos antes no portão 8. Os colorados chamaram o time de “fracassado” e exigiram mais raça, entre outras cobranças. Insatisfeitos, subiram até o edifício-garagem e aguardaram uma hora para confrontar os jogadores, sem sucesso.
Belgrano e Internacional discutem durante a partida entre Belgrano e Internacional pela Copa CONMEBOL Libertadores (Foto: reproduçao/Peixoto/Eurasia Sport Images/Getty Images)
Os atletas só saíram quando os descontentes já haviam se dispersado em pequenos grupos, escoltados por seguranças. O constrangimento era evidente para quem os observava enquanto eles se dirigiam aos carros e deixavam o estádio. No vestiário, ocorreram cobranças severas. Contudo, o técnico Eduardo Coudet ainda desfruta de prestígio e não corre o risco de ser demitido. No entanto, em campo, mostrou dificuldade em romper a defesa adversária. Na beira do gramado, ele colocava a mão no queixo, conversava com Lucho González e caminhava com a cabeça baixa.
Colorado em Crise
Nos últimos quatro jogos, o Colorado estagnou e parece ter alcançado o ponto mais baixo do ano com uma atuação vexatória. O desempenho lembrou a derrota por 2 a 0 para o Globo e o empate em 1 a 1 com o Guaireña, este último resultando na demissão de Alexander Medina. O argentino teve oito dias para treinar, como de costume, com privacidade, sem pressão da torcida ou da imprensa para observar o que estava planejando, mas não apresentou nenhuma inovação. Ou melhor, até apresentou, com a preservação de alguns titulares mesmo após a longa inatividade
Alan Patrick estava apagado, enquanto o time apático não conseguiu criar nada durante o primeiro tempo. Após o intervalo, tentou marcar de qualquer forma, mesmo que Coudet negue a desorganização. Borré errou finalizações em abundância e até impediu um gol de Hugo Mallo ao ficar à frente do chute do espanhol. O mais peculiar é que o Inter tem apenas uma derrota na temporada, mas as atuações, desde a eliminação precoce no Gauchão, não permitem defesa alguma. A cereja do bolo dos fiascos veio na noite de quarta-feira.
E a régua agora será elevada. Afinal, no sábado, começa o Brasileirão. O presidente Alessandro Barcellos, que andava de um lado para o outro durante a coletiva de Coudet, colocou o Brasileirão como prioridade, prometeu 38 finais e projetou uma média de 35 mil torcedores no Beira-Rio nas 19 partidas em casa. Ele terá que colocar o vestiário de volta nos trilhos.
Foto destaque: Eduardo Coudet, técnico do Internacional, observa o jogo entre Palmeiras e Internacional (reproduçao/Ricardo Moreira/Getty Images Embed)
