O Grande Prêmio do Catar de Fórmula 1, no início desse mês, foi repleto de polêmicas e emoções. Max Verstappen, piloto da equipe Red Bull Racing, conquistou o tricampeonato mundial da categoria, em uma prova extremamente difícil, por conta do fortíssimo calor. Muitos competidores chegaram a passar mal, em decorrência da elevada temperatura.
O francês Esteban Ocon, da Alpine F1 Team, vomitou dentro do capacete. Muitas opiniões foram explicitadas a respeito do circuito de Lusail devido ao calor, mas alguns pilotos divergiram em relação aos efeitos proporcionados pelo pela alta da temperatura. O heptacampeão, Lewis Hamilton, afirmou que as provas de Fórmula 1, devem acontecer sempre em altíssimo nível e que os participantes da categoria devem estar preparados para serem exigidos fisicamente, ao extremo.
Lewis Hamilton contrariou a opinião dos pilotos e defende que a Fórmula 1 não pode ser tornar suave. ( Foto: Reprodução/ Car and Driver)
Confira o que disse Lewis Hamilton
"Eu não senti a dor que os pilotos sentiram, mas obviamente estou aqui (na F1) há um bom tempo. (O GP da) Malásia era muito mais quente que aquela corrida, e sei como é perder quatro ou cinco quilos em uma corrida e mal conseguir ficar em pé. Mas meu sentimento em relação a isso é de que esse é um esporte extremo. Você não vê maratonistas que passam mal depois de uma maratona dizendo que você tem que encurtar (a prova de 42 km)", destacou o heptacampeão.
Hamilton abandonou a prova, após envolver-se em uma colisão com George Russel, da Mercedes-AMG Petronas Motorsport. Lewis complementou afirmando que a Fórmula 1 é um esporte que exige muita entrega e resistência por parte dos pilotos. O piloto não anseia que a categoria torne-se algo "leve", o que pode ser desvantajoso para todos. O heptacampeão disse que quer sempre sentir a dor no corpo e que jamais, os organizadores, decidam reduzir o tempo das provas. Hamilton reforçou que todos recebem quantias generosas para participarem da elite do automobolismo.
Alonso reclamou das condições da prova
Fernando Alonso foi um dos pilotos a demonstrar total insatisfação em relação ao GP do Catar. Além do calor, Alonso afirmou que a nova geração de peças à prova de fogo e o hino nacional, protocolo obrigatório antes do início da prova, podem ter agravado a situação em Lusail. Para o piloto, a solenidade do hino, deveria ser mais muito mais cedo para que, depois, os competidores pudessem resfriar o corpo antes de entrar no automóvel.
Aston Martin também reclamou em demasia da temperatura e chegou a revelar que sofreu semi-queimaduras nas costas. O assento do AMR23 de Martin aqueceu em demasia, gerando o transtorno.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) comunicou oficialmente que a prova, em Lusail, em 2024, ocorrerá no final de novembro, por conta da temperatura que estará mais baixa.
Foto destaque: Hamilton defende que a Fórmula 1 seja extrema. Reprodução/ Globo Esporte