As decisões das oitavas de final da Libertadores começaram na noite da última terça-feira (08), e cheia de emoção com duas vagas decididas nas penalidades máximas, com dois times brasileiros envolvidos. No Beira-Rio, o Internacional eliminou o River Plate, e o Athetico-PR foi eliminado pelo Bolívar, em plena Ligga Arena. Para evitar decisão parecida, o Flamengo desembarcou no Paraguai para enfrentar o Olímpia, no Estádio Defensores del Chaco, na noite desta quinta-feira (09), às 21h, e precisa apenas de um empate para avançar de fase.

Quando o assunto é decidir uma partida em disputa de pênaltis, o Flamengo não vem se dando bem. Mesmo com uma geração vitoriosa – uma das maiores da história dos cariocas.

Em 2019, o Flamengo começou a ser protagonista do futebol brasileiro e sul-americano ao lado do Palmeiras, e do início da era vitoriosa para cá, os flamenguistas participaram de nove disputas de pênaltis e conseguiram apenas quatro vitórias. Por isso, o time de Jorge Sampaoli tentará resolver o jogo contra os paraguaios no tempo normal, principalmente para afastar a crise que foi instalada após a agressão do preparador físico Pablo Fernández contra o centroavante Pedro.

As informações obtidas através do Espião Estatístico, mostram que a memória feliz mais recente é o título da Copa do Brasil, onde o Flamengo decidiu contra o Corinthians, no Maracanã, em 2022. O lateral direito, Rodinei, teve a responsabilidade de bater a última penalidade contra o goleiro Cássio e garantir o Tetra da competição nacional. A maior frustração talvez seja pela Recopa Sul-Americana, em fevereiro, também no estádio considerado palco do futebol. Arrascaeta, que é considerado ídolo dos torcedores, foi o herói da prorrogação contra o Independiente Del Valle, mas acabou sendo o vilão ao errar a primeira cobrança da disputa, enquanto os adversários acertaram os cinco chutes.

_{Disputa de pênaltis entre Flamengo e Corinthians em 2022. (Vídeo: Reprodução/Youtube - GE)}

Revés contra os Atléticos

No período de 2019 em diante, o Flamengo caiu duas vezes diante dos Atléticos, e foram derrotas que deixaram marcas. A primeira derrota foi no início do trabalho de Jorge Jesus à frente do atual campeão da Libertadores, e teve o Athletico-PR como pedra no sapato, nas quartas de final da Copa do Brasil. O hoje goleiro flamenguista Santos, defendia as cores do Furacão e defendeu as cobranças de Diego e Everton Ribeiro, Vitinho também errou, mas isolou a bola. Na era gloriosa do técnico português à frente da equipe Rubro-Negra, esse foi o último revés e possível última vaia que recebeu enquanto esteve no comando dos cariocas.

_{Disputa de pênaltis entre Flamengo e Athletico-PR em 2019. (Vídeo: Reprodução/YouTube - Lucas Queiroz)}

No início de 2022, com outro técnico também português, mas com um final totalmente diferente de Jorge Jesus, o Flamengo do treinador Paulo Sousa estava sendo superior ao Atlético-MG na decisão da Supercopa do Brasil daquele ano, mas o Galo, que era comandado por Cuca, empatou.

Hugo Souza, que falhou no gol marcado por Nacho Fernández, teve a chance de minimizar a situação nas penalidades máximas, e conseguiu até certo momento. Além de defender duas cobranças, o goleiro teve a chance de balançar as redes que daria o título ao Flamengo. Não fez e o Galo foi campeão da Supercopa.

_{Disputa de pênaltis entre Atlético-MG e Flamengo. (Vídeo: Reprodução/YouTube - GE)}

Diego Alves salvando com as defesas

Nem só de tristeza vive o homem! Se não foram felizes contra o Galo, e Athletico-PR, nos anos anteriores o Flamengo teve seu gol defendido por Diego Alves, que fez partidas históricas com a camisa flamenguista. A primeira foi em 2019, nas oitavas de final da Libertadores, contra o Emelec. Dixon Arroyo parou na defesa do arqueiro, enquanto Queiroz carimbou o travessão, enquanto o Flamengo acertou todas as cobranças.

O jogo contra os equatorianos foi a virada de chave para o Flamengo de Jorge Jesus e companhia, que não perderia mais naquela edição da Libertadores e conquistaria o bicampeonato após 38 anos, em uma virada emocionante contra o River Plate.

Diego Alves conquistou a fama de pegador de pênaltis em sua passagem na Europa, em especial na Espanha. No Flamengo, ele já veio com status de grande goleiro de decisão, e seu ponto mais alto foi em 2021, na Supercopa do Brasil, contra o Palmeiras. O ex-camisa 1 do Flamengo defendeu três cobranças palmeirenses, e os cariocas garantiram o bicampeonato da competição.

_{Decisão de pênaltis entre Palmeiras e Flamengo em 2021. (Vídeo: Reprodução/YouYube - Fut da Galera)}

Conquista da Taça Rio, um vice e outra eliminação

O Flamengo ainda teve que disputar mais três disputas de pênaltis desde 2019. No ano em que o Rubro-Negro voltou das cinzas, o primeiro troféu conquistado – título simbólico – foi o da Taça Rio. O time era formado por reservas, entre eles Arrascaeta, que por incrível que pareça, ficava no banco de suplentes na era Abel Braga. Isso aconteceu após um jogo emocionante contra o Vasco e decisão vencida nas penalidades, com o goleiro César se destacando.

Em 2020, dois revés. Novamente na final da Taça Rio, o Flamengo perdeu para o Fluminense, rival que derrotou na decisão do Campeonato Carioca algumas semanas depois. Na Libertadores, o algoz foi o Racing, da Argentina, em pleno Maracanã, nas oitavas de final do torneio continental, após empatar por 1x1 nos dois jogos.

Foto destaque: Flamengo tentará vencer a partida no tempo normal para não ter surpresas nas cobranças de pênaltis. Reprodução/Instagram - @urubu_noticia