Um ícone do Botafogo nas últimas oito temporadas se despediu nesta terça-feira (24), véspera de natal. O goleiro Gatito Fernández, de 36 anos, acertou sua ida ao clube que o revelou, o Cerro Porteño do Paraguai. Apesar de reserva na maioria dos jogos do Glorioso nesta temporada, ele participou do ano mágico do Botafogo em 2024 e agora dá adeus após a conquista do Brasileirão e da Copa Libertadores deste ano.
O anúncio ocorreu nas redes sociais do clube na madrugada entre os dias 24 e 25 de dezembro, como um presente aos torcedores do Cerro Porteño. Pelo Botafogo, foram mais de 200 jogos disputados, sendo o estrangeiro que disputou mais partidas pelo clube.
Gatito Fernández pelo Botafogo
Com mais de 200 jogos disputados pelo Glorioso, Gatito entrou no hall de ícones e heróis do clube. Ele conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores em 2024, um Campeonato Carioca em 2018 e a Série B de 2021, ano em que a SAF começou a operar no Botafogo sob comando de John Textor.
Opção para retornar às origens
Gatito Fernández tinha contrato com o Botafogo até dia 31 de dezembro, porém o clube havia iniciado as tratativas para uma renovação do vínculo com o goleiro, porém uma proposta do Cerro Porteño, clube que o revelou, o fez declinar da proposta do Glorioso e aceitar voltar às origens. Com 36 anos, o goleiro chega ao time paraguaio como um grande reforço para a próxima temporada.
Sua carreira profissional começou em 2009 no Cerro Porteño, onde logo se destacou e se transferiu para o futebol brasileiro, onde atuou antes do Botafogo, no Vitória da Bahia e no Figueirense de Santa Catarina. No Glorioso, ele estava desde 2017.
¡Gatito Fernández vuelve a casa!pic.twitter.com/OT20Xm3Tp5
Anúncio do Cerro Porteño da contratação de Gatito (Foto: reprodução/Club Cerro Porteño/X/@CCP1912oficial)
Pai, ex-goleiro e empresário
Seu pai, Roberto Fernández, que é seu empresário e também atuou como goleiro profissional, jogou no Brasil na década de 1990. Ele foi atleta do Internacional de Porto Alegre em 1995 e no Palmeiras em 1996 e, assim como o filho, terminou a carreira no Cerro Porteño após passagens pelos clubes brasileiros. Esse retorno de Gatito ao Paraguai poderá ser uma última dança antes da aposentadoria.
O apelido Gatito vem justamente por conta de ser filho de “Gato” Fernández, alcunha que seu pai carregava quando atuava, e era considerado um goleiro que saltava para fazer defesas como um gato.
Sem espaço no Botafogo
Apesar de ter sido importante na conquista da Série B em 2021, título que deu início à recuperação botafoguense através da venda do futebol do clube ao empresário americano John Textor, nas duas últimas temporadas ele amargou a reserva durante a maior parte da temporada.
Por conta desta perda de protagonismo, Gatito Fernández que é titular da Seleção do Paraguai, optou por voltar a atuar em seu país e no clube que o revelou, para buscar mais minutos em campo e ajudar a sua Seleção a conseguir uma vaga na próxima Copa do Mundo em 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá.
Foto Destaque: Gatito Fernandez acerta ida ao Cerro Porteño do Paraguai, clube que o revelou (Reprodução/Pool Pelaez Burga/Eurasia Sport Images/Getty Images Embed)