No último fim de semana, a rodada do campeonato francês foi marcada pelo protesto contra a homofobia, que ocorre anualmente na Liga. Segundo informações do jornal local ‘Le Parisien’, o jogador do PSG Idrissa Gana Gueye teria se recusado a participar do ato e entrar em campo. A atitude do volante provocou reações na França e vem sendo pauta nas redes sociais. O Paris Saint Germain, clube de Gueye, ainda não se manifestou sobre o assunto.
O dia 17 de maio é marcado como o Dia Mundial contra a Homofobia. A Liga Profissional de Futebol da França (LFP) participa anualmente da causa, em rodadas próximas à data. No último fim de semana, os clubes entraram em campo com nomes e números dos jogadores pintados nas cores do arco-íris, em referência à bandeira do orgulho LGBTQIA+.
Jogadores como Messi e Mbappé usaram as camisas nas cores do arco-íris. (Foto: Reprodução/Twitter)
O volante Gana Gueye, que não sofre por lesão e não cumpria suspensão, chegou a viajar com a equipe, mas teria ficado de fora da partida contra o Montpellier por “razões pessoais”. A declaração foi feita pelo treinador do Paris Saint Germain, Mauricio Pochettino, em entrevista coletiva após a partida.
Esse é o segundo ano seguido que o senegalês não participa de rodadas próximas à data do protesto. O posicionamento do volante teria causado desconforto nos bastidores do PSG, de acordo com o ‘Le Parisien’. O jornal ainda comunicou que o jogador não queria ser associado à causa por questões religiosas.
A Rouge Direct, associação contra a homofobia no esporte, emitiu uma nota, cobrando explicações de Gueye, PSG e da LFP.
“Homofobia não é uma opinião, mas um crime. A LFP e o PSG têm que pedir para Gana Gueye se explicar, e rapidamente. E sancioná-lo se necessário”, declarou a associação.
Vestiário do clube francês antes do jogo contra o Montpellier, no último sábado (14). (Foto: Reprodução/Twitter)
A presidente do conselho regional Île-de-France, da maior região do país, Valérie Pécresse, também entrou na discussão e cobrou sanções ao jogador através do Twitter.
“Um jogador de futebol, em especial do PSG, são figuras de identificação para os nossos jovens. Eles têm o dever de servir de exemplo. A recusa de Idrissa Gana Gueye de se juntar à luta contra a homofobia não pode continuar sem punições”, declarou Valérie.
O caso repercute nas redes sociais e, até o momento, Gana Gueye, LFP e Paris Saint Germain não se manifestaram sobre o caso.
Foto destaque: Idrissa Gana Gueye. Reprodução/Twitter