Foi definido pela CAS (Corte Arbitral do Esporte) o tribunal que julgará a revogação da suspensão do atacante após a definição de seu afastamento de dois anos pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem.
A CAS é um órgão internacional, com sede na Suíça, que media disputas entre partes não originárias do mesmo país. O julgamento de Gabigol terá uma mesa composta por um árbitro indicado pela defesa do atacante, um pela parte acusante (no caso, a ABCD - Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) e um pela CAS, que é parte imparcial no assunto e, portanto, o presidente da mesa.
Gabigol em partida contra o São Paulo pela Copa do Brasil (Foto: reprodução/André Durão)
O processo
A defesa de Gabriel Barbosa indicou seu árbitro, um inglês, no momento do envio do pedido de efeito suspensivo (relativo à decisão que o afastou por dois anos dos campos), que ocorreu no início desse mês. A ABCD indicou seu árbitro no dia 16 e a CAS, nesta terça-feira.
Diferentemente do que se está acostumado, o tribunal possui data marcada para julgamento e a decisão sai de uma reunião conjunta dos três árbitros após notificação oficial pela secretaria do tribunal. Em um primeiro momento, a decisão será sobre se Gabigol pode voltar a jogar enquanto espera a decisão final sobre sua suspensão.
Gabigol em jogo pré-suspensão (Foto: reprodução/André Durão)
Alto custo
Todo processo aberto na CAS possui um valor a ser pago por todas as partes representadas. A defesa do atacante pagou sua parte na abertura do processo, mas foi informada na última semana que a ABCD não havia pago sua parte, o que estava causando uma demora no andamento do processo. Para poder voltar a jogar o mais rápido possível, Gabigol pagou a parte que cabia à ABCD e adiantou o andamento do julgamento.
A previsão para que o resultado seja divulgado é entre a última semana de abril e a primeira semana de maio, fazendo com que Gabigol, se liberado para jogar, possa participar do Brasileirão.
Foto destaque: Gabigol durante partida pelo Flamengo (Reprodução/Alexandre Vidal/CRF)