Esportes

França impede que atleta muçulmana use hijab na cerimônia de abertura das Olimpíadas

Comitê francês é contra o uso de símbolos religiosos, alegando uma visão de neutralidade, e a atleta Sounkamba Sylla deve usar boné especial em abertura

25 Jul 2024 - 20h15 | Atualizado em 25 Jul 2024 - 20h15
França impede que atleta muçulmana use hijab na cerimônia de abertura das Olimpíadas Lorena Bueri

A velocista francesa Sounkamba Sylla será impedida de participar da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, que acontece na próxima sexta-feira (26), usando o tradicional hijab, véu que faz parte da doutrina islâmica, religião seguida pela atleta.

A solução oferecida para que a atleta possa participar é que ela use um boné especial. Sounkamba, de 26 anos, apesar de aceitar, criticou a imposição do Comitê Olímpico Francês, em postagem feita no último domingo (21) em suas redes sociais.

O caso

Segundo o jornal francês Le Parisien, munidos de uma motivação “laica”, ou “laïcité”, em francês, em vista de um status de neutralidade perante todas as religiões e suas formas de expressões, o Comitê Olímpico Francês, impedirá que a atleta use o tradicional hijab, o véu comum que mulheres que seguem a religião e doutrina islâmica devem usar.

Sounkamba Sylla, contudo, recebeu uma alternativa do mesmo comitê: usar um boné especial para a ocasião. Entretanto, apesar de aceitar, a velocista, que já participou de dois Campeonatos Mundiais (de 2022 e 2023) trajando o hijab, criticou a posição do Comitê Olímpico Francês em suas redes sociais.

Você foi selecionada para os Jogos Olímpicos, organizados em seu país, mas não pode participar da cerimônia de abertura porque está usando um lenço na cabeça”, disse a atleta, terminando o texto com um emoji com a cara de um palhaço.


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Sounkamba Sylla, atleta francesa de revezamento misto e 400 metros, terá de usar boné especial durante cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, após ser impedida de usar seu hijab (Foto: reprodução/ Getty Images Embed/ Pier Marco Tecca)


Sounkamba Sylla

Filha de pais guineenses, Sounkamba Sylla segue a doutrina muçulmana do islamismo, predominante na Guiné, como seus pais. Ela, uma velocista, faz parte das equipes de revezamento misto e de 400 metros, já participou de um ciclo olímpico anterior, tendo competido pela França nas Olimpíadas de Tóquio de 2021.

Após a polêmica com o uso do hijab, que não era um problema durante os Campeonatos Mundiais de Atletismo, dos quais Sounkamba participou, colegas se manifestaram em seu favor. Muhammad Abdallah Kounta, colega de revezamento, comentou o caso: “liberdade, igualdade, fraternidade, eles dizem”.


Foto destaque: Atleta francesa que foi impedida de participar de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 critica Comitê Francês em suas redes sociais (Reprodução/ Getty Images Embed/ Pier Marco Tecca)

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