Diz o velho ditado que o bom filho à casa torna. As crias de Xerém, como são chamados os jogadores formados na base do Fluminense, confirmam essa máxima. Assim como Marcelo, recentemente repatriado pelo clube depois de uma passagem relâmpago de um semestre pelo Olympiacos da Grécia, Thiago Silva também é formado pela base do clube carioca. Marcelo foi descoberto em 2005 e alçado ao time profissional, por Abel Braga. Dois anos antes, Thiago Silva começava no futebol profissional, atuando por um pequeno clube do Sul, o RS Futebol Clube, logo após se transferindo para o Juventude, onde ainda atuava como volante. Na sua transferência para o time B do Porto, de Portugal, um ano depois, passou a atuar como zagueiro. Logo foi emprestado ao Dínamo de Kiev, onde teve o primeiro revés na carreira, ao contrair tuberculose, em território russo.
Retornou ao Fluminense em 2006 e em 2007, o seu primeiro grande título, a Copa do Brasil, daquele ano. No futebol italiano, um ano depois, defendendo as cores do Milan, foi campeão italiano pelos rossoneros. Em 2012, contabilizou uma das transferências mais caras do futebol e foi negociado ao PSG francês, por 42 milhões de euros. Após uma sequência vitoriosa nos campeonatos locais, chegou pelo clube à final da Champions 2019-2020. No mesmo ano se transferiu para o Chelsea inglês e levantou pela primeira vez, a Orelhuda, nome carinhoso dado à taça de campeão da Champions. Naquele mesmo ano conquistou com os ingleses a Supercopa da FIFA.
Thiago Silva em coletiva pela seleção brasileira na Copa do Catar 2022. Fonte/Reprodução Yahoo Esportes
Seu último grade título foi em outubro de 2022, quando venceu pelo Mundial de Clubes, o Palmeiras de Abel Ferreira, num pênalti bastante contestado, à época, na prorrogação. No tempo normal, o zagueiro brasileiro fez um pênalti, convertido por Raphael Veiga, levando o jogo para o tempo extra. Na seleção brasileira, teve sua primeira chance em idas e vindas, de 2008 a 2010, com o técnico Dunga. Só assumiu a titularidade dois anos após, sob o comando de Mano Menezes. Em 2014, foi bastante contestado, após chorar durante uma cobrança de pênaltis, nas oitavas, contra o Chile. Por conta de um cartão no jogo anterior, não jogou o Mineiraço, como é conhecido até hoje a goleada imposta pelos alemães, ao Brasil, em pleno Mineirão.
Se as negociações se consolidarem com o Fluminense, o jogador será o segundo repatriado em tempo recorde, pelo clube carioca. Confirmando que o que nasce em Xerém, volta a Xerém.
Foto Destaque Thiago Silva é sondado pelo Fluminense, para retorno na janela de negociações europeias. Fonte/Reprodução Bola Vip Brasil
