A Fifa abrirá um procedimento para investigar um ato racista cometido no amistoso Tunísia 1 X 5 Brasil no Parque dos Príncipes, ocorrido durante comemoração ao segundo gol da Seleção brasileira na partida, marcado pelo atacante Richarlison.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se encontrou com o mandatário máximo da FIFA, Giani Infantino, nesta quarta-feira (28), em Paris, e pediu uma reação da entidade sobre o caso.
Também em uma carta de solicitação da CBF enviada a Fifa, foram citados os artigos 4° do estatuto da entidade, que proíbe qualquer tipo de discriminação, e o 15° do regulamento, que prevê a punição em casos de racismo.
De acordo com o regulamento que rege os estatutos da FIFA, a punição em caso de atos racistas variam entre multa de mínima de 20 mil francos suíços (R$ 109 mil) a jogos com portões fechados, ou perda de pontos, em caso de partidas por competições oficiais.
Durante a comemoração do segundo gol da Seleção brasileira, marcado pelo atacante Richarlison, ainda no primeiro tempo da partida, uma banana foi lançada da arquibancada em direção ao gramado onde os jogadores estavam reunidos. Não se sabe ainda quem foi o autor da ação.
A Confederação Africana de Futebol (CAF) se pronunciou, nesta quinta-feira (29), condenando o ato racista e prestando apoio ao jogador.
"A CAF condena os atos de racismo contra o brasileiro Richarlison durante o amistoso internacional entre Tunísia e Brasil, em Paris, nesta semana. A CAF se solidariza com Richarlison e condena tal comportamento desumano", diz a CAF em nota oficial.
Em resposta a ofensa que sofreu, o Pombo, como é conhecido Richarlison, se pronunciou nas redes sociais.
"Enquanto ficarem de 'blá, blá, blá' e não punirem, vai continuar assim, acontecendo todos os dias e por todos os cantos. Sem tempo, irmão! #racismonão", declarou o atacante brasileiro.
Foto destaque: Seleção brasileira entra em campo com faixa anteracista antes de partida contra Tunísia. Reprodução/Lucas Figueiredo/CBF