Fatma Samoura, secretária geral da Fifa, afirmou que a Copa do Mundo de futebol feminino 2023 é um "ponto de mudança" na modalidade, em virtude do excelente nível dos jogos e por gerar grandes resultados fora das quatro linhas. Samoura, em entrevista concedida ao Globo Esporte na última sexta-feira (18), afirmou que a participação de um grande número de torcedores foi o diferencial, se comparado ás edições anteriores.
"Esta Copa do Mundo em particular é um ponto de mudança na maneira das pessoas olharem o futebol feminino, porque nós vimos as arquibancadas lotadas de homens e meninos, e nós nunca tínhamos visto tantos meninos torcendo por sua seleção feminina. E também porque as pessoas viram o nível das atuações em campo," destacou a secretária da Fifa.
Taça da Copa do Mundo Feminina ( Foto: reprodução/Máquina do Esporte)
Samoura também fez referências positivas ao quadro de arbritagem e o alto nível das atletas na competição. Neste domingo (20), Espanha e Inglaterra se enfrentarão na grande final no Estádio Olímpico de Sydney. Independentemente do resultado, a equipe vencedora será campeã inédita,
Conheça um pouco da história de Fatma Samoura
Fatma Samoura é senegalesa e ganhou os holofotes no mundo esportivo por ser a primeira mulher a assumir a secretaria-geral da Fifa. A dirigente quebrou um outro paradigma ao ser a primeira não europeia a comandar uma função de grande importância, dentro da Federação. Samoura também desempenhou por longas duas décadas, a função de coordenadora humanitária na ONU em Djibouti, Camarões, Chade, Guiné, Níger, Madagascar e Nigéria.
A secretária já anunciou que deixará os quadros da Fifa no final de 2023, para dedicar mais tempo aos familiares. A Fifa já declarou que Fatma vem tendo um papel de suma importância, pois recuperou a credibilidade da modalidade e vem rompendo com inúmeros obstáculos. Em sete anos, Samoura alavancou o futebol feminino e ajudou a dar muita visibilidade para atletas espalhadas pelo mundo.
Gianni Infantino tece elogios à Copa do Mundo de 2023
O presidente da Fifa vibrou com a receita de 570 milhões de dólares (R$ 2,8 bilhões), alcançada pela Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Infantino destacou que, muito antes do evento iniciar, mencionaram possibilidades de fracassos em relação a arrecadação, mas o resultado alcançado acabou proporcionando a segunda maior receita da história de qualquer segmento esportivo, ficando atrás apenas da Copa do Mundo de futebol masculino.
Inglaterra e Espanha decidem a grande final no domingo (20), às 7h ( horário de Brasília).
Foto destaque: Fatma Samoura vê Copa de 2023 como "ponto de mudança" no futebol feminino. Reprodução/Globo Esporte
