Esportes

Fair play financeiro: quais são os mecanismos e para que servem

Clubes se reuniram na sede da CBF para debater o equilíbrio do campeonato, incluindo São Paulo, Fortaleza, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras

06 Set 2024 - 17h42 | Atualizado em 06 Set 2024 - 17h42
Fair play financeiro: quais são os mecanismos e para que servem  Lorena Bueri

Dirigentes se reuniram esta semana na CBF para discutir a aplicação do fair play financeiro, retomando o debate após as repercussões de contratações acima do teto dos clubes, como no caso do Botafogo nesta janela de transferências. Participaram da reunião os dirigentes de São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras. O histórico de faturas em salários e pendências motivou a discussão.


Tironi , klein  e matos debatem sobre flair play (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL Esporte)



Investimentos realizados por Textor motivaram a discussão

O Botafogo, na temporada passada, demonstrou uma performance muito superior em relação às décadas de sofrimento de seus torcedores, estabelecendo uma campanha histórica no Campeonato Brasileiro, apesar da decepção ao perder o título após liderar com mais de 15 pontos. Nesta temporada, o americano John Textor, dono do clube, decidiu investir pesadamente em contratações.

Para se ter uma ideia, apenas Luiz Henrique, Matheus Martins e Alex Telles já superam a receita anual do clube, que é pouco acima de 300 milhões. Isso gerou questionamentos sobre a situação financeira do clube, especialmente após as críticas do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, sobre a diferença entre a arrecadação do Botafogo e suas contratações. Entretanto, não está claro por que o americano faz esses investimentos. Na França, onde existe o controle financeiro, ele não se ajustou ao teto e precisou alocar jogadores entre seus clubes. Muitos especialistas acreditam que Textor busca atrair um grande mercado e, considerando que as regras no Brasil são mais flexíveis, vê isso como uma oportunidade, embora haja receios sobre o futuro do Botafogo, já que, como em qualquer negócio, a economia precisa girar e no futebol isso não é diferente.

Países onde o flair play financeiro é aplicado

Espanha: A La Liga estabelece que os gastos com salários de atletas e comissão técnica devem ser limitados a 70% das receitas orçadas. A dívida líquida, excluindo investimentos em infraestrutura, não pode ultrapassar o total das receitas. Além disso, a diferença entre contratações e vendas de jogadores deve ser inferior a 100 milhões de euros.

Inglaterra: A Premier League impõe um limite de prejuízo acumulado na análise dos resultados antes dos impostos das últimas três temporadas. Um clube pode ter um prejuízo de até 15 milhões de libras, podendo atingir 105 milhões de libras caso os acionistas injetem até 90 milhões de libras para reduzir o prejuízo a esse valor original. Valores acima de 105 milhões de libras são proibidos.

Para a temporada 2025/2026, a liga estabeleceu novas regras, com um limite de gastos de 85% das receitas para salários, encargos, pagamento de agentes e amortizações. Além disso, a folha salarial não pode ultrapassar cinco vezes o valor da menor receita obtida com direitos de transmissão da Premier League.


 Foto destaque:  Vitinho e Adryelson foram apresentados no Nilton Santos juntos de John Textor (Reprodução/Vítor Silva/Botafogo)

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