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FIFA anuncia que irá adaptar regulamento de transferências após caso Lass Diarra

Instituição admite que perdeu nos tribunais e entrará em acordo com as leis da União Europeia. Mudanças poderão ocorrer no sistema de transferência entre clubes e jogadores

14 Out 2024 - 14h35 | Atualizado em 14 Out 2024 - 14h35
FIFA anuncia que irá adaptar regulamento de transferências após caso Lass Diarra Lorena Bueri

Para estar segundo as leis de mercado da Europa, a FIFA anunciou nesta segunda-feira (14), que irá adaptar seu regulamento de transferências. Após o caso Lass Diarra ser julgado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, foi decidido que as regras de transferências da instituição violam as leis da UE. A FIFA reconheceu a derrota.

No dia 4 de outubro, a decisão tomada no julgamento deu razão ao ex-jogador, pois entendem que o regulamento atual vai contra a circulação livre de jogadores nos clubes de países da União Europeia.

Repercussão da decisão

Segundo Jean-Louis Dupont e Martin Hissel, advogados de Diarra, todos os jogadores que foram afetados pelo regulamento devem buscar serem compensados pelo que perderam. Eles estão confiantes de que a FIFA vai ser forçada a se enquadrar nas leis.

A FIFPro, sindicato internacional dos jogadores de futebol, elogiou as decisões do tribunal e disse que isso beneficiará os atletas. Por meio de nota, a instituição alega que o tribunal levou em consideração que a carreira do jogador é curta, e o sistema atual pode ocasionar na aposentadoria prematura. O sindicato esteve ao lado de Diarra desde o começo do julgamento.

Emílio García Silvero, diretor jurídico da FIFA, disse que a deliberação do caso de Diarra irá obrigar a revisão de elementos do regulamento, para alinhar com a Lei europeia.

Mudanças no sistema de transferências

Com as declarações dos advogados, do sindicato e de Silvero, algumas pessoas enxergam o caso como uma oportunidade de uma possível revolução no sistema de transferências do futebol, pois os jogadores terão mais liberdade na hora da negociação. Por outro lado, os clubes podem se sentir desamparados, pois há um receio de incerteza jurídica e mais contratos poderão ser rescindidos por jogadores.

Caso Diarra

Em 2014, Lassana Diarra atuava pelo Lokomotiv Moscou, da Rússia, e rescindiu o seu contrato com o clube. O Tribunal Arbitral do Esporte condenou o jogador a pagar 10,5 milhões de euros em forma de compensação.


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Lass Diarra atuando pelo Lokomotiv (Foto: reprodução/Anadolu Agency/Getty Images Embed)


O regulamento de transferências da FIFA diz que, se um jogador rescindir com um clube, sua próxima equipe é obrigada a pagar a indenização ao clube anterior. Após meses sem atuar, o Charleroi, da Bélgica, chegou a um acordo com o volante francês, mas recuou por não querer arcar com o valor da compensação com o clube russo. Como a equipe belga não realizou o pagamento, a transferência não foi realizada. O ex-volante ficou cerca de um ano sem atuar, até assinar com o Olympique de Marselha, da França, em 2015.

Porém, em 2016 a Câmara de Resolução de Disputas da FIFA condenou Diarra a pagar o Lokomotiv o mesmo valor de 10,5 milhões de euros, e o jogador ainda foi suspenso por 15 meses. 

Foto destaque: Lass Diarra atuando pelo PSG (reprodução/Zhong Zhi/Getty Images)

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