Apesar do assunto sobre a invasão russa à Ucrânia seja menos recorrente no esporte desde o início do conflito, em 24 de fevereiro deste ano, a F1 não mudou seu posicionamento sobre a Rússia. Depois de cancelar o GP da Rússia, que seria realizado em 25 de setembro, a categoria de automobilismo rescindiu contratos e reafirmou que seus valores impedem um futuro retorno ao calendário de provas.
“Eles nos pagaram quantias insanas, mas há coisas que não são negociáveis. Não vamos mais lidar com eles. Não haverá mais corridas lá”, afirma Stefano Domenicali, chefão da F1.
O italiano Stefano Domenicali é o atual CEO da F1. (Foto: Reprodução/ANSA)
A Guerra da Ucrânia já se estende há mais de seis meses e provocou certa resistência da F1 com o cancelamento da etapa, promovida desde 2014 no Circuito de Sochi. Uma série de medidas sucedeu a decisão inicial, como a proibição do uso de símbolos, hinos e bandeiras por pilotos da Rússia e Belarus.
A F1 ainda afastou temporariamente, de sua comissão, representantes das nacionalidades em questão, vetando a realização de eventos nos territórios desses países. A Haas, em março, anunciou a saída do piloto Nikita Mazepin, filho do magnata russo de fertilizantes Dmitry Mazepin que era o patrocinador da escuderia.
No mesmo mês, foi rescindido por definitivo o contrato com o GP da Rússia, inviabilizando a transferência da prova de Sochi para o Circuito de Igora Drive em São Petesburgo, que seria concluída em 2023.
Outro assunto abordado por Domenicali, foi a ausência da Alemanha no calendário de provas, que recebeu a categoria de 1951 até 2020 com os GPs da Alemanha, Luxemburgo e Eifel. O italiano alfinetou os organizadores alemães que, apesar da intenção da categoria de viabilizar o retorno ao país, não conseguiu trazer a F1 de volta.
Com a ausência da Rússia, o calendário deste ano passou de 23 para 22 corridas. O retorno da temporada será no próximo domingo, 28 de agosto, com o GP da Bélgica no Circuito de Spa-Francorchamps.
Foto destaque: Rússia está fora definitivamente do calendário da F1. Crédito: Charles Coates/Getty Images