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“Eu não vou parar de bailar”: Vini Jr. se pronuncia sobre caso de racismo

“Aceitem, respeitem ou surtem”, disse o craque brasileiro em vídeo nas redes sociais. “Fui vítima de racismo e xenofobia, mas nada disso começou ontem”.

17 Set 2022 - 19h00 | Atualizado em 17 Set 2022 - 19h00
“Eu não vou parar de bailar”: Vini Jr. se pronuncia sobre caso de racismo Lorena Bueri

O jogador da Seleção Brasileira e atacante do espanhol Real Madrid, Vinícius Jr. falou a respeito das polêmicas nas quais seu nome está envolvido pela primeira vez nesta sexta-feira (16). O assunto foi amplamente comentado nas redes sociais e muito provavelmente já é de conhecimento da maioria dos interessados por futebol. 

Por conta de suas tradicionais comemorações de gol com danças (situação comum no futebol, principalmente no brasileiro), o camisa 20 do Real Madrid foi alvo de declarações racistas por parte de Pedro Bravo, presidente da Associação Espanhola de Agentes de Futebolistas (AEAF).

Em um programa da TV espanhola, Pedro Bravo criticou as comemorações de Vini Jr., alegando que o atacante deveria “respeitar o adversário” e que, “se quer sambar, deve fazer isso no Brasil. Tem que respeitar os companheiros de profissão e deixar de se comportar como um macaco”.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o atacante da Seleção Brasileira de apenas 22 anos relembrou ataques passados. 



No vídeo, Vini diz, “‘Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra’. Tenho essa frase tatuada no corpo e tenho atitude na minha vida que transforma essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto brasileiro, vitorioso na Europa, incomoda muito mais; Mas a minha vontade de vencer, meu sorriso, meu brilho nos olhos são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo numa só declaração, mas nada disso começou ontem”.

“Há semanas começaram a criminalizar minhas danças. Danças que não são minhas. São do Ronaldinho, do Neymar, do Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo.”, continua o atacante.

“Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar. Não costumo vir publicamente rebater crítica. Sou atacado e não falo, sou elogiado e também não falo. Eu trabalho, e muito. Dentro e fora de campo”.

No vídeo, Vini também fala de sua contribuição para a educação e para as próximas gerações, e sobre como tenta ser um exemplo de profissional e de cidadão. Mas essas ações não engajam nas redes sociais e, por isso, as pessoas inventam problemas para atacá-lo. E, como sempre, tudo acaba em um pedido de desculpas, uma afirmação de que foi um mal entendido. Mas Vini encerra seu vídeo com um recado: o jogador não irá parar de bailar, seja no sambódromo, no Bernabéu ou onde ele quiser.

Foto destaque: Vini Jr. (Instagram). 

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