Na última quarta e quinta-feira (20 e 21), 15 escolas de samba da Série Ouro (grupo de acesso) agitaram a Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Dentre os destaques das duas noites de desfile está a Estácio de Sá, tradicional agremiação do morro do São Carlos, que misturou as duas paixões do brasileiro. Uniu samba e futebol e homenageou o Flamengo.
A Estácio foi a terceira escola a desfilar na noite de quinta-feira. Para este ano, a agremiação resolveu reeditar um carnaval memorável de sua história, quando homenageou o centenário do Clube de Regatas do Flamengo, em 1995.
Com o enredo ‘Cobra-coral, papagaio vintém. #vestirubronegro não tem pra ninguém’, a Vermelho e Branco do Centro do Rio agitou as arquibancadas do sambódromo, e foi recebida aos gritos de ‘Mengo! Mengo! Mengo!’ já no Setor 1. Vale destacar que o samba-enredo também é frequentemente cantado nos estádios em jogos do Fla.
A ESCOLA
As tradicionais cores do Flamengo, o vermelho e o preto, foram predominantemente usadas nas fantasias e alegorias. O samba-enredo também foi o mesmo do carnaval de 95, com uma pequena alteração. O trecho “Parabéns pra essa galera, 100 anos de primavera” usado no centenário do clube foi adaptado para “Parabéns dessa galera, campeã na nova era”, na voz do intérprete Serginho do Porto. A agremiação não perdeu pontos por estourar o limite de tempo do desfile (55 minutos).
O COLOSSAL CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO pic.twitter.com/o5Unl2Olml
— Polonio (@crfpolonio) April 22, 2022
PRESENÇA DE ÍDOLOS
Alguns nomes marcantes da história do rubro-negro marcaram presença no desfile. É o caso de Adílio, Athirson e Nélio. O ídolo maior do clube, Zico, não pôde comparecer por decisões médicas. A torcida do Flamengo também foi homenageada no último carro, em referência à ‘Festa Na Favela’, canto que vem das arquibancadas em jogos do Mengão.
Torcedores ilustres, como o Anjinho e o Chapolin rubro-negro, assim como os sósias dos jogadores da equipe, fizeram uma grande festa na Sapucaí. O cantor, compositor e torcedor Xande de Pilares também participou do desfile.
BATERIA
A escola também empolgou com a 'Medalha de Ouro', apelido dado à sua bateria, comandada pelo Mestre Chuvisco. A fantasia dos ritmistas foi inspirada na cultura oriental, mais precisamente japonesa, país onde o Flamengo conquistou o Mundial de Clubes, em 1981. A rainha de bateria Jack Maia desfilou com a fantasia em referência à Taça da competição intercontinental conquistada pelo clube.
CAMISA QUE VOA
A escola também inovou na comissão de frente e trouxe uma camisa rubro-negra que voava na avenida, o que surpreendeu o público presente. Tudo isso, é claro, com a ajuda de um drone comandado por um integrante da Estácio. O projeto da camisa voadora foi elaborada durante cinco meses por uma empresa especializada em drones.
Agora, a Estácio de Sá aguarda ansiosamente a apuração das notas dos jurados, com a expectativa de poder subir pra o grupo especial no carnaval do próximo ano e soltar o grito de campeã.
Foto destaque: Estácio de Sá. Reprodução/Instagram
