A sequência negativa da nova geração espanhola vinha se arrastando desde a última conquista, a Eurocopa de 2012. Desde aquele torneio, foram duas eliminações em Copas do Mundo, duramente marcado pelo time ter uma posse de bola não produtiva. Onze anos se passaram e a Fúria somente com Jordi Alba de remancescente, voltou a comemorar um título nesse domingo (18), dentro do estádio de Kuip, na Holanda. Os espanhóis superaram a valente Seleção Croata nas penalidades por 5x4, após tempo normal e prorrogação sem gols. Os comandados de Luis de la Fuente levantaram a Liga das Nações pela primeira vez em sua história.
Jogadores da Espanha reunidos (Foto: Reprodução/Twitter)
Tempo Normal
A etapa regulamentar da decisão ficou marcada pela falta de oportunidades claras, principalmente pelo respeito das equipes que durou por bastante tempo, ambos tentaram controlar a posse por ter meias de mais qualidade. A Seleção Espanhola quase abriu o placar antes dos 10 primeiros minutos com Gavi, o jovem por pouco não venceu Livakovic em um chute rasteiro que passou perto. Por outro lado, a Croácia assustou algumas vezes jogo aérea com Perisic, bem acionado pela ponta esquerda, as cabeçadas do croata terminaram nas mãos de Unai Simón.
O segundo tempo voltou com emoções um pouco mais intensas, mesmo sem resultar em gols. Perisic manteve seu destaque, e continuou caindo para a linha de fundo no ataque. O lateral croata levantou para o meio da área, Unai Simón saiu mal, mas teve sorte da finalização de Juranovic passar perto da trave.
A Espanha tentava empurrar o adversário na defesa, Jordi Alba dobrou o ataque pela esquerda e encontrou Asensio na marca do pênalti, a cabeçada do camisa 10 quase surpreendeu o goleiro. A maior chande da final aconteceu depois da entrada de Ansu Fati no começo da etapa complementar. O ponta espanhol recebeu o cruzmaneto no meio da defesa, e só não fez o gol por causa de Perisic, presente na hora certa para deixar o empate no placar.
Jogadores da Espanha comemorando o título (Foto: Reprodução/Twitter)
Prorogação e Penalidades
Na especialidade croata nas últimas decisões, a prorrogação exigiu muito do condicionamento das duas equipes, ainda mais pelos jogadores estarem no final da temporada europeia. O banco espanhol se mostrou melhor, dando mais variedade no ataque, enquanto a Croácia seguia com sua base bem definida, apesar de ter perdido algumas peças importantes em convocações recentes. Majer teve a chance de decidir a partida, mas no último instante foi travado por Nacho com um carrinho perfeito.
O empate persistiu com a entrega física das duas equipes, levando a decisão para as penalidades. De começo foram consistentes, mantendo o 100% de aproveitamento até a quarta cobrança da Croácia. Nela, Unai Simón acertou o canto e com a perna defendeu a batida de Majer, dando a vantagem para a Espanha. Na última, Laporte precisava converter para conquistar o título, mas acertou o travessão, mesmo chutando no meio. Nas alternadas, o goleiro espanhol voltou a brilhar e defendeu a de Petkovic, deixando para Carvajal bater com sangue frio e encerrar o jejúm de títulos de La Roja.
Os melhores momentos da partida. (Vídeo: Reprodução/Youtube)
A derrota na decisão deixou a geração mais competitiva da Croácia com um gosto amargo, ficando muito próximo de levar três títulos, ficando com o vice da Copa do Mundo em 2018, o terceiro lugar na de 2022 e agora contra a Espanha na Liga das Nações. Essa final pode ter sido a última do craque Luka Modric, pois ainda segue a dúvida se o meia voltará a vestir a camisa croata.
Já para a Espanha, fica a consagração de uma luta para o título da Nations League, ainda mais por ter perdido para a França na última edição. Apesar de Luis de la Fuente não ter muito experiência quando substituiu Luis Enrique no comando técnico, o comandante levantou sua primeira taça como treinador.
Foto Destaque: Jogadores da Espanha comemorando a conquista da Nations League. Reprodução/Twitter
