Na última sexta-feira (08), Endrick, campeão no Campeonato Brasileiro pelo Palmeiras, estabeleceu uma colaboração promocional com a Neosaldina, um fármaco destinado a mitigar dores de cabeça. Entretanto, a substância contida em sua composição é qualificada como doping, tornando-se proibida pela Agência Mundial Antidoping.
Componente proibido
O isometepteno, presente na composição, é encarregado de elevar os níveis de atividades motoras e cognitivas. Portanto, aparece na página 15 da lista da WADA, na seção S6, como um estimulante proibido. Além do ganho técnico, essa substância pode mascarar a presença de outros agentes químicos. Com a controvérsia em torno da ligação do atleta com a corporação, Endrick enfrenta a possibilidade de ser sancionado por uma determinação em andamento do Órgão Judicial Antidoping ou mesmo através de um apelo perante o Tribunal do Desporto Arbitral.
Com apenas 17 anos, ele possui dois títulos brasileiros (Foto: reprodução/Instagram/ Cesar Greco/@palmeiras)
“O Isometepteno não manifesta qualquer impacto prejudicial quando consideramos a ação analgésica que o medicamento visa proporcionar. Contudo, devido à sua natureza estimulante,configura-se como uma substância vetada para os atletas”, afirmou Rafael Teixeira Ramos, consultor jurídico especializado em esportes
Pronunciamento
Por meio de um comunicado, o jogador e a marca de medicamentos manifestaram-se em relação ao caso. No comunicado, ambas as partes asseguram estar convictas de que a parceria respeita todas as normas das agências antidoping.
“A parceria entre Endrick e Neosaldina se mantém repleta de contentamento para os próximos 5 anos. A campanha da marca destaca a personalidade, a alegria, bem como a abordagem poderosa e responsável na busca pelos seus objetivos.
Neosaldina e as agências encarregadas da carreira do atleta têm total convicção de que essa colaboração foi estabelecida em conformidade com todas as normas das agências antidoping e desportivas, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
Por fim, é essencial ressaltar que Endrick e Neosaldina são decididos em promover o jogo limpo e o respeito às regras, tanto no campo quanto fora dele.”
Com uma vigência de cinco anos, o acordo entre as partes estipula um pagamento anual de R$ 2,5 milhões, além de possíveis bonificações extras vinculadas a metas não reveladas. Entretanto, na avaliação do consultor jurídico, o atacante do Palmeiras não deverá ser penalizado em decorrência do patrocínio, pois não se beneficiou do uso do medicamento durante as competições disputadas.
Foto destaque: Palmeiras 4x0 América-MG (reprodução/Instagram/Cesar Greco/@palmeiras)