A busca por posições na corrida e uma batida ocorrida no GP da Bélgica no fim de agosto deste ano recorda a rivalidade histórica de dois pilotos da F1. Quando eram companheiros de equipe na McLaren (2007), as equipes de Alonso e Hamilton teriam disputado dinheiro e mecânicos por meio de pagamentos em dinheiro entregues à integrantes da equipe de Lewis em envelopes pagos pelo empresário de Fernando.
O ex-mecânico da equipe britânica, Marc Priestley, disse em uma entrevista ao podcast PitStop que esse movimento de Alonso era para tentar trazer todos os profissionais da McLaren para o lado da garagem dele. O espanhol marcou a disputa dessa temporada com essa briga com Hamilton. Era a estreia do piloto inglês na equipe britânica e seu companheiro ostentava o bicampeonato mundial conquistado quando ainda estava na Renault.
Os dois pilotos também foram candidatos diretos ao título nessa temporada, mas o finlandês Kimi Raikkonen levou a taça na última etapa do campeonato. Priestley comentou que recebeu um desses envelopes contendo cerca de 1.500 euros. Ele disse que essas situações eram sempre embaraçosas entre os mecânicos e diversos membros da McLaren dizendo que “era algo desonesto, mas ainda sim não eram realizados à escondidas”.
O episódio que realmente marcou essa rivalidade foi no GP da Hungria 2007. Na corrida de classificação Alonso prejudicou propositalmente Hamilton retardando sua saída dos boxes antes da última volta para atrapalhar o inglês que estava mirando a pole position. Por essa atitude, a FIA decidiu punir o espanhol com cinco posições.
Momento do GP da Hungria de Fórmula 1 em que Galvão Bueno desconfia de parada de Alonso no pitstop da McLaren. (Reprodução/YouTube)
Ainda de acordo com Marc Priestley, a briga entre os pilotos era aberta e Hamilton usava a mídia e a opinião pública para se valorizar e ser considerado o melhor piloto da temporada na F1. No fim das contas, em 2007 os dois pilotos conseguiram bons resultados, mas a diferença realmente estava na abordagem dos diferentes veículos sobre os seus desempenhos.
O ex-mecânico finalizou a entrevista lembrando que quando os boatos começaram a crescer dentro da McLaren — através da recusa dos envelopes pelos mecânicos de Lewis — as pessoas que chefiavam e os funcionários da equipe descobriram tudo e fizeram com que todo o dinheiro fosse doado para a caridade.
Foto Destaque: Fernando Alonso em 2007. Reprodução: Skysports.
