O dia 30 de maio representa uma das datas mais importantes da história do Clube Atlético Mineiro e, consequentemente, mais especiais para a memória do torcedor. Há dez anos, em 2013, o Galo recebia no Estádio Independência o Tijuana, do México, em jogo válido pela volta das quartas de final da Copa Libertadores daquela temporada.
Na partida de ida, em Tijuana, as duas equipes empataram por 2 a 2; no Horto, por conta da existência do critério do gol qualificado, o Atlético jogava podendo até empatar por 0 a 0 ou 1 a 1, uma vez que havia marcado duas vezes como visitante no primeiro confronto.
No dia do segundo duelo, o clima na cidade e nos arredores do Independência era de muita festa e de otimismo por parte dos torcedores do time mineiro, levando em conta a grande campanha na fase de grupos e o ótimo resultado conquistado na ida.
Torcida do Galo com 'máscaras do pânico' contra o Tijuana. (Foto/Reprodução/CDN)
Entretanto, o andamento da partida conduziu o ambiente do estádio para outro caminho. Aos 25 minutos do primeiro tempo, o atacante colombiano Duvier Riascos, artilheiro do Tijuana, abriu o placar em bela finalização, deixando o público presente no Horto apreensivo. Aos 40, quando a equipe mexicana jogava melhor, Ronaldinho encontrou o zagueiro Rever na área, que finalizou no canto e empatou o jogo: 1 a 1.
A etapa final foi de tensão durante todo o tempo e, quando o Atlético parecia ter garantido o resultado que seria suficiente para avançar às semifinais da competição, Leonardo Silva cometeu falta brusca em Marquez dentro da área, o que resultou em uma penalidade marcada pelo árbitro Patrício Polic. O Independência, que estava prestes a celebrar a classificação do Galo, ficou em silêncio.
Instantes antes da cobrança, Riascos, autor do gol do Tijuana, assumiu a batida à frente de Arce, que era o responsável pelas bolas paradas da equipe. Aos 47 minutos do segundo tempo, o atacante partiu para a marca do pênalti e finalizou no meio do gol. Victor, o goleiro atleticano, estendeu o pé esquerdo enquanto caía para o canto direito, chutando a bola para longe e impedindo o gol que eliminaria o Galo.
Jogadores do Galo comemoram defesa de Victor. (Foto/Reprodução/ZZPT)
A defesa histórica, que ficaria eternizada após a conquista da Libertadores daquele ano após duas decisões por pênaltis nas fases seguintes – contra Newell’s Old Boys, da Argentina, e Olímpia, do Paraguai –, ambas com brilho de Victor, foi celebrada pelos jogadores do Atlético ainda em campo.
A partida se estendeu para além do prometido por Patrício Polic, que ainda teve tempo de expulsar Rever por reclamação após a intervenção do arqueiro atleticano. Um minuto e meio depois da cobrança, aos 49, o árbitro encerrou o duelo e levou o estádio à loucura com o apito final.
Foto destaque: Victor defende pênalti com o pé esquerdo. (Reprodução/LANCE)