Preso desde 20 de janeiro, em Barcelona, na Espanha, Daniel Alves viu sua situação se complicar mais, nessa semana, após o resultado de corpo delito, divulgado pelas autoridades espanholas, onde foi detectado material (resquícios de esperma), que comprova o DNA do jogador. O Ministério Público espanhol decidiu mantê-lo preso, por risco de fuga. Caso Daniel conseguisse voltar para o Brasil, o país não obedece a acordos internacionais de extradição. O La Vanguardia deu nota, nessa quinta (16), noticiando a audiência realizada na Terceira Sessão do Tribunal de Barcelona. Somente os advogados participaram e o conjunto de provas contra o jogador aumentou consideravelmente, por conta das provas de laboratório que comprovam ser de Daniel, o material coletado nas roupas usadas na noite de dezembro, no anexo ao banheiro da boate, em Barcelona.
O advogado do atleta, Cristóbal Martell, alega que Daniel tem base fixa em Barcelona, que poderia entregar seu passaporte e fazer uso de pulseira com localização geofísica, colaborando com andamento do processo e que responda em liberdade, nas próximas fases do processo. O jogador continua detido na Penitenciária Brians 2, na capital espanhola.
Do lado da defesa vítima, a advogada Ester Garcia pede a manutenção da preventiva, sem fiança, por risco de fuga. Alega que a liberdade do atleta pode ferir aspectos psicológicos da denunciante. Segundo o Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Barcelona, órgão oficial semelhante ao Instituto Médico Legal, do Brasil, as amostras de sêmen coletadas em exame intravaginal da denunciante, também comprovam que o DNA é do atleta. As provas vão na contramão dos primeiros depoimentos do jogador, que afirmava não ter havido penetração, nos quinze minutos que ele e a jovem ficaram num anexo do banheiro da boate espanhola. Em 30 de dezembro, o jogador foi detido, após tomada de depoimento.
Centro Penitenciário Brians 2 em Barcelona, Espanha, local onde o jogador Daniel Alves se encontra preso desde janeiro. Fonte/Reprodução O Be-a-bá do Sertão
A linha de tempo do caso, começa na casa noturna Sutton, na Espanha, em 30 de dezembro de 2022, onde Daniel Alves foi acusado pro uma jovem de 23 anos, a manter relação sexual sem consentimento, num anexo aos banheiros do local. Os seguranças da boate acionaram na mesma hora, a polícia catalã, que colheu e gravou o primeiro depoimento da jovem. A moça passou na mesma noite, por exame médico em um hospital da capital espanhola. Daniel se evadiu do local, antes da chegada da polícia.
Após seu primeiro depoimento, no dia seguinte à denuncia, a polícia espanhola resolveu deter o jogador. Nas semanas seguintes, foram uma sucessão de depoimentos inconclusivos. Em alguns deles, o atleta se contradiz, afirmando tudo ter acontecido naquela noite, por decisão do atleta e da jovem, onde foi feito somente sexo oral consentido.
O caso agora entra na fase das defesas e ainda não tem prazo estabelecido para julgamento.
Foto Destaque Daniel Alves continua preso em Barcelona. Fonte/Reprodução Portal Sul Notícias