Após reunião com a diretoria nessa segunda-feira (24), o Fluminense optou pela demissão do técnico Fernando Diniz. Com desempenho decepcionante, a equipe alcançou apenas uma vitória e três empates nas 11 rodadas do Campeonato Brasileiro, somando apenas 6 pontos em 33 possíveis, o tricolor é último colocado na classificação.
No dia 22 de maio, o presidente do clube, Mário Bittencourt, em coletiva anunciou a extensão do vínculo com o treinador até dezembro de 2025, demonstrando a satisfação com o trabalho realizado por Diniz.
O que mudou?
“Na data de hoje, a gente teve o prazer de assinar a renovação do contrato dele (Diniz) até o fim de 2025. É um projeto nosso de estabilidade, de longevidade do trabalho. Para deixar muito claro a todos vocês: durante esses dois anos em que ele está aqui, nós sempre estivemos muitos satisfeitos e felizes. Não só com o trabalho, mas com a relação que a gente tem, que transcende essa questão. A gente já vinha conversando há bastante tempo, projetando isso” disse o presidente do clube em 22 de maio.
No entanto, desde essa declaração, o Fluminense venceu apenas uma partida em seis disputadas. No campeonato brasileiro, o time se complica mais a cada rodada, sem conseguir somar pontos e se isolando na parte de baixo da tabela.
A queda de rendimento assustou torcida e diretoria, e até mesmo alguns jogadores. O time que há alguns meses enfrentava o Manchester City na final do Mundial de Clubes, não parece o mesmo que hoje é lanterna do campeonato.
Diniz deixa o clube com a classificação garantida para as oitavas da Libertadores e classificado para a próxima fase da Copa do Brasil.
Coletiva anunciando renovação (Reprodução/Lucas Merçon/FFC)
Queda de rendimento
Uma das principais críticas ao trabalho de Fernando Diniz é a oscilação de desempenho, não só no Fluminense, mas na grande maioria dos times que já treinou. Quando era técnico do São Paulo, Diniz deixou escapar o título do Brasileirão tendo muitos pontos de vantagem, jogando mal a segunda metade da temporada e desperdiçando o alto desempenho da primeira.
Com o tricolor do Rio de Janeiro, o processo se repetiu, após alto rendimento na temporada passada ganhando a Libertadores e disputando o Mundial de Clubes contra o Manchester City, o time de Diniz não conseguiu manter o desempenho para essa temporada. Um dos principais fatores é a média de idade alta da equipe.
Com muitos medalhões como Marcelo, Felipe Melo, Ganso, Douglas Costa, Renato Augusto e Fábio, o time tem jogadores que embora tenham muita habilidade, não estão com um ótimo condicionamento físico por conta da idade, isso faz com que a equipe não consiga manter um desempenho constante.
O técnico está livre no mercado e já foi sondado por diversos clubes, entre eles estão Athletico Paranaense e Corinthians.
Foto destaque: Diniz comemorando o título da Libertadores (Reprodução/Carl de Souza/AFP)