Nas Olimpíadas de Tóquio, muitos se chocaram ao saber que a consagrada Daiane dos Santos nunca havia conquistado o ouro olímpico na ginástica artística (Rebeca Andrade foi a primeira a realizar o feito, em 2021). No futebol, muitos ídolos também se aposentaram sem uma das maiores honrarias: o título de campeão do mundo pelo seu país. Confira abaixo alguns deles.
Arthur Friedenreich
Arthur Friedenreich (Foto: Reprodução / spfc.net)
O primeiro grande astro do Brasil nem ao menos chegou a disputar uma Copa do Mundo. Por motivos políticos, o paulista ficou fora do mundial de 30, no Uruguai, mesmo tendo marcado o gol do primeiro grande título da Seleção Brasileira (o Sul-Americano de 1919).
Na época, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), baseada no Rio de Janeiro, era essencialmente carioca. Dessa forma, a Associação Paulistas de Esportes Atléticos (Apea) solicitou que houvesse integrantes de São Paulo na comissão técnica, o que não aconteceu. Ao fim, as entidades romperam relações e Friedenreich foi um dos muitos craques paulistas que ficaram de fora da seleção. Ele terminou a carreira como o maior artilheiro da história do futebol (1.329 gols).
Leônidas da Silva
Leonidas da Silva (Foto: Reprodução/Site Oficial do Flamengo)
O rei da bicicleta no futebol não conseguiu levar o Brasil a uma conquista de Copa do Mundo. No Mundial de 1938, na França, Leônidas entrou para a história como o primeiro brasileiro a ser o artilheiro de uma edição da Copa do Mundo. Contudo, isso não foi o suficiente para que o Brasil ficasse com o título. Os canarinhos perderam para a Itália numa semifinal em que o Diamante Negro foi poupado pelo técnico Ademar Pimenta
Ademir
Brasil de Ademir perde para Espanha em 1950 (Foto: Reprodução / CBF)
Este foi um dos grandes nomes daquela Seleção que viveu o Maracanazzo na Copa do Mundo de 1950. 12 anos depois, Ademir voltou a colocar um nome brasileiro como artilheiro de um Mundial, com seus 9 gols. Mas a sorte estava a favor do Uruguai, naquele doloroso 2 a 1.
Zico
Zico perde para a França em 1984 (Foto: Getty Images)
O grande ídolo do Flamengo foi um grande astro dos anos 80. Ele chegou a participar da Copa do Mundo de 1978, na Argentina, terminando em terceiro lugar.
Nas duas próximas edições, o carioca era a principal esperança para a Seleção, Contudo, em 82, na Espanha, viveu a Tragédia do Sarriá, como ficou conhecida a derrota para a Itália de Paolo Rossi que tirou o Brasil da competição. Já em 84, no México, ficou marcado pelo pênalti perdido durante o tempo regulamentar das quartas de final contra a França.
Foto destaque: Zico. Reprodução / Flamengo