A Federação Canadense de Futebol comunicou na última quinta-feira (25), o afastamento da técnica de futebol feminino Bev Priestiman das Olimpíadas de Paris-2024. A razão se dá em torno de toda polêmica que envolve o uso de drones por parte da seleção feminina de futebol para espionagem. A prática foi descoberta pela entidade e há casos ocorridos em outras competições.
O comando do time feminino em Paris vai ficar na responsabilidade do auxiliar técnico Andy Spence. Bev Priestiman já havia ficado de fora da estreia da equipe, na última quinta-feira, quando o Canadá venceu por 2 a 1 a Nova Zelândia. Horas após a partida, a Federação decidiu por afastá-la de toda a competição.
Prática de espionagem
Em uma reportagem da emissora TSN, que foi a público na quinta-feira, foi revelado que houve espionagem em competições nos últimos anos, tanto no futebol feminino, quanto no masculino. Na última disputa de Olimpíada, em Tóquio, quando o Canadá foi medalha de ouro no futebol feminino, houve registro da prática de espionagem com o uso de drones. O Brasil foi eliminado nas quartas de final para as canadenses.
Bev Priestman não vai comandar a Seleção Canadense nas Olimpíadas (Foto: Reprodução/Instagram/@bevpriestman)
Kevin Blue, diretor da Federação, informou em um comunicado oficial que as investigações mostraram o uso dos aparelhos para espionagem das seleções rivais. “Nas últimas 24 horas, chegaram ao nosso conhecimento informações adicionais sobre o uso anterior de drones contra oponentes, antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024” disse o diretor.
Entenda o caso dos drones
A polêmica começou no início da semana, quando o Comitê Olímpico da Nova Zelândia fez uma denúncia á polícia francesa de que um drone foi visto sobrevoando próximo ao local de treinamento da seleção feminina de futebol. Um membro da comissão técnica do Canadá foi identificado como o operador do aparelho eletrônico. O COI (Comitê Olímpico Internacional) solicitou providências após uma queixa formal se registrada.
Na quarta-feira, duas pessoas foram dispensadas da seleção canadense, o Comitê revelou que se tratava de Joseph Lombardi, que operou o drone, e Jasmine Mander, os funcionários chegaram a ser detidos pela polícia francesa.
O Comitê Olímpico Canadense pediu desculpas publicamente pelo ocorrido, e a FIFA abriu um processo disciplinar contra o Canadá e todos os envolvidos no incidente.
Foto destaque: Bev Priestman (Reprodução/Instagram/@bevpriestman)