A temporada 2024/25 do futebol europeu, que teve um acréscimo de jogos com o novo formato da Liga dos Campeões e a inclusão do Mundial de Clubes em nova versão, desencadeou uma ocorrência de jogadores pelo número excessivo de partidas agendadas, o que repercutiu de imediato entre os demais.
Como começou
O espanhol Rodri, volante do Manchester City, há três dias criticou o calendário e previu a possibilidade de greve dos jogadores. Para ter uma ideia, os atletas do Manchester City e Real Madrid podem chegar aos 79 jogos da atual temporada.
A reclamação de Rodri encontrou Eco, pois, no fim das contas, trata-se do craque da última Eurocopa e um concorrente à Bola de Ouro 2024 pelo City. O goleiro Alisson, do Liverpool, apoiou imediatamente a companhia de profissão e disse que as mudanças no calendário são sempre feitas sem que os jogadores sejam ouvidos.
Jules Koundé, do FC Barcelona, corre com a bola na partida da Copa do Rei. (Foto: reprodução/David Ramos/Getty Images Embed)
O zagueiro Koundé, do Barcelona, introduziu o mesmo discurso: “Não escutam os protagonistas”. Por seu lado, o meia De Bruyne criticou o Órgão Internacional do Futebol e a Confederação Europeia por ceder quase nenhum espaço para o descanso.
Sem que se possa esquecer os amistosos de pré-temporada feitos pelos clubes, a UEFA adicionou à temporada a fase de mata-mata da competição de seleções, que ocorre a cada dois anos nas datas da Fifa.
Outras reações
O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, na última terça (17) antes do jogo contra o Stuttgart havia dito que o calendário estava apertado e forçava os jogadores a ter lesões. Chegou na ocasião a pedir a redução no número de partidas. A Fifa não quis se pronunciar a respeito.
Enquanto a discussão se arrasta, o sindicato inglês diz que apoia as férias de seus atletas e que a chance de greve emparelha no ar. Engordando a lista das queixas, a Associação das Ligas Europeias declarou, em evento anteontem em Sevilha, na Espanha, que uma ação legal pode ser o único passo para proteger o futebol. Consoante os peritos consultados pela FifPro (sindicato internacional de jogadores de futebol), o limite seria de 55 partidas por temporada para preservar a saúde do atleta.
Foto destaque: Rodri comemora após marcar o segundo gol do City durante a Premier League (Reprodução/Alex Livesey/Getty Images)
