Enquanto Carlo Ancelotti continua sendo o nome dos sonhos para comandar a Seleção Brasileira, a CBF mantém Jorge Jesus no radar como um plano B estratégico. A ideia da entidade é evitar uma nova novela como a que envolveu o treinador italiano, que terminou renovando com o Real Madrid e frustrando os planos da CBF em 2023.
Mesmo com a não confirmação oficial da demissão do técnico Dorival Júnior, a direção da CBF está em conversas com o português Jorge Jesus para ser o novo comandante da Seleção Brasileira. O treinador, atualmente à frente do Al-Hilal, da Arábia Saudita, tem contrato até maio com o clube saudita e isso pode coincidir com um eventual movimento da CBF apenas no segundo semestre deste ano.
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— AlHilal Saudi Club (@Alhilal_EN) March 27, 2025
Jorge Jesus comandando o treinamento do Al-Hilal desta quarta-feira (Foto: reprodução/X/@Alhilal_EN)
Experiência no Brasil e respaldo dos jogadores pesam a favor de Jesus
Jorge Jesus ganhou visibilidade no futebol brasileiro após sua passagem vitoriosa com o Flamengo em 2019, liderando o clube na conquista da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, marcado por um futebol ofensivo e muito intenso.
O impacto do trabalho, somado à forma como se conectou ao elenco e à torcida, fez com que o técnico português se tornasse um grande nome para os torcedores brasileiros e para os dirigentes da Seleção e está sendo um trunfo nas negociações.
No entanto, o treinador teve atrito com Neymar durante a passagem do jogador pela Arábia Saudita e isso pode ser um empecilho na negociação, pois a CBF enxerga o jogador como uma peça fundamental para o ciclo da Copa do Mundo de 2026.
CBF busca evitar erros do passado
Em 2023, a CBF apostou todas as fichas na negociação com Carlo Ancelotti. A entidade acreditava que o treinador italiano assumiria a Seleção após o fim da temporada europeia. A confiança era tanta que o nome foi dado como certo.
Porém, o Real Madrid se antecipou e renovou com Ancelotti, que optou por seguir no Real Madrid até 2026. A CBF ficou sem plano B e Fernando Diniz, que até aquele momento era o técnico interino, assumiu o cargo definitivamente, mas acabou sendo demitido, após a derrota da Seleção para a Argentina. Dorival Júnior foi seu substituto para a função.
Edinaldo também sonda outros nomes
Embora o foco esteja em Ancelotti ou Jorge Jesus, outros nomes do mercado também são monitorados pela CBF. O português Abel Ferreira, Renato Gaúcho e Filipe Luís foram mencionados, mas nenhum deles avança como possibilidade real no momento.
A CBF sabe que a Seleção precisa de um comando técnico que traga não apenas resultados, mas também resgate a identidade do futebol brasileiro. A imagem desgastada após a eliminação na Copa do Mundo do Catar e o jejum de grandes títulos ainda incomodam, e há pressão interna que envolve não só os jogadores, mas também a comissão técnica e os dirigentes.
Foto destaque: Jorge Jesus durante um jogo do Al-Hilal (reprodução/Instagram/@alhilal)