O atacante Bruno Henrique prestou depoimento ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira (29). O inquérito investiga um suposto esquema de manipulação em apostas esportivas. O camisa 27 do Flamengo é o alvo, suspeito de forçar um cartão amarelo para beneficiar apostadores, incluindo seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior.
Movimentações no processo
O atacante e mais algumas testemunhas foram requeridos para depor durante a última semana, tendo data marcada para audiência na segunda-feira (26). Apesar disso, o atleta não compareceu e pediu remarcação, já que o horário batia com o horário de treinamento no CT Ninho do Urubu, onde os treinos do Flamengo são realizados.
Nesta quinta-feira (29), o jogador estava de folga e compareceu de maneira virtual. Agora, o atacante Bruno Henrique aguarda os próximos passos do processo.
Atacante Bruno Henrique atuando pelo Rubro-Negro (Foto: Reprodução/Instagram/@b.henrique)
O juiz que ficou responsável pelo caso do atleta, Fernando Brandini Barbagalo, havia anteriormente autorizado a Polícia Federal a compartilhar com o STJD as supostas provas do caso, a fim de que eles se movimentassem para um novo inquérito para denunciar o atleta de 34 anos. O atacante solicitou que o caso seguisse em sigilo na justiça, o que foi prontamente negado por Brandini, que além disso autorizou o envio das provas para a CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.
Sobre o caso
O STJD abriu inquérito a fim de investigar o jogador do Flamengo por suposto ato de manipulação de apostas esportivas. O atleta teria forçado o árbitro do jogo dar cartão amarelo em uma partida de 2023, quando disputava contra o Santos, para favorecer apostadores, onde estava incluso seu irmão.
Os investigadores do caso encontraram registros de mensagens no celular do irmão de BH, Wander Nunes, onde comprometiam o camisa 27 do Rubro-Negro, já que o ligavam diretamente ao esquema. Por este motivo, o jogador foi indiciado na justiça por estelionato e fraude em competição esportiva.
Além do irmão do jogador, a cunhada Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima de Bruno) fizeram apostas e foram indiciados.
Foto destaque: Bruno Henrique em campo pelo Flamengo (Reprodução/Instagram/@b.henrique)