Mariana Gesteira, de 29 anos, e Mayara Petzold, de 22, foram ao pódio nesta terça-feira (03) na natação das Paraolimpíadas de Paris. Gesteira competiu nos 100m costas da classe S9, limitação físico motora. Já Petzold atuou nos 50m borboleta na classe S6, deficiência física moderada. Com as duas conquistas, a natação brasileira fecha com 16 medalhas em Paris, sendo cinco ouros, três pratas e oito bronze.
Conquistas
Mariana terminou a prova com um tempo de 1min09s27, ficando apenas três centésimos atrás da espanhola Nuria Soto, que concluiu a competição com 1min09s24. Ainda nos 100m costas, a americana Cristie Raleigh conseguiu bater o recorde paraolímpico ao chegar na marca de 1min07s91. A brasileira fez uma boa largada na prova, chegando a liderar na primeira metade do trajeto. Porém, nos últimos 50 metros, Raleigh conseguiu tomar a liderança. Após uma disputa acirrada com Soto pela medalha de prata, a espanhola conseguiu bater na borda primeiro por pouco.
Mariana Gesteira nos 100m costas da classe S9,, em Paris (Foto: reprodução/Ana Patrícia Almeida/CPB)
A carioca, que nasceu com a Síndrome de Arnold-Chiari, que é uma má-formação no sistema nervoso central e gera desiquilíbrio e a perda de coordenação, começou na natação aos 14 anos. Devido a crises de desmaios, ela decidiu parar com o esporte em 2009, mas retornou quatro anos depois e conquistou diversas medalhas em sua carreira.
Já Mayara terminou a prova com um tempo de 37s51, ficando atrás somente das chinesas Yuyan Jiang, que conquistou o ouro, e Doamin Liu, que ficou com a prata. Ela teve que fazer uma prova de recuperação por ter ficado um pouco atrás na largada. Porém, na reta final, conseguiu desbancar a ucraniana Anna Hontar e conquistou o terceiro lugar do pódio.
A atleta, que é de Minas Gerais, nasceu com uma deficiência similar a nanismo. Ela começo no esporte aos quatro anos de idade por recomendação médica e conheceu a modalidade paraolímpica aos 13.
Mayara Petzold nos 50m borboleta na classe S6, em Paris (Foto: reprodução/Marcello Zambrana/CPB)
Ainda na natação
A pernambucana Carol Santiago ficou com quinta posição nos 200m medley da classe SM13. Ela terminou a prova em 2min30s05. A atleta nasceu com a síndrome de Morning Glory, uma alteração congênita na retina que causa a redução do campo de visão. Em Paris, Carol já possui duas medalhas de ouro e atualmente é recordista mundial dos 50m livre, com 26s65 que foram registrados no Mundial de Manchester, em 2023.
Vitinho Almeida, de apenas 16 anos e atleta mais jovem da natação brasileira, participou dos 100m costas da classe S9. Ele ficou com o quinto lugar da competição com o tempo de 1min03s69.
Foto destaque: à esquerda Mariana Gesteira, ganhadora do bronze, no pódio com o seu técnico Leonardo Miglinas; à direita, Mayara Petzold, ganhadora do bronze, no pódio (Reprodução/Ana Patrícia Almeida/CPB/Ana Patrícia Almeida/CPB/Montagem por Anna Gabriela Virgulino)