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Brasil x Argentina: CBF afirma que PM e autoridades de segurança estavam cientes sobre torcida mista no clássico

Entidade desportiva emitiu nota afirmando que o esquema de torcidas sem separação já havia sido adotado em outras ocasiões; já a PMRJ atribuiu a venda de ingressos como empecilho

22 Nov 2023 - 17h17 | Atualizado em 22 Nov 2023 - 17h17
Brasil x Argentina: CBF afirma que PM e autoridades de segurança estavam cientes sobre torcida mista no clássico Lorena Bueri

Após a confusão nas arquibancadas que retardou o começo da partida entre Brasil e Argentina, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu nota às 3h54 da madrugada desta quarta-feira (22) defendendo a organização sem divisão de torcidas. Diante do clássico marcado por violência e detenções de pessoas, a entidade desportiva e a Polícia Militar do Rio de Janeiro divergem em relação a forma que o planejamento de segurança foi conduzido.

Desentendimentos entre as autoridades responsáveis pela partida

A briga entre torcidas se iniciou, ainda sem saber o motivo, durante o canto dos hinos. Mais especificamente, o desentendimento entre torcedores argentinos e brasileiros, que precisou ser intermediador por agentes da Polícia Militar do estado, se passaram no setor sul do Maracanã. O local foi reservado para a presença mista de torcedores de ambas as seleções, mas parecem existir dissonâncias em relação ao planejamento estratégico criado.

Após a briga, o saldo informado é de que ao menos oito pessoas foram detidas, mas posteriormente liberadas mediante pagamento de multa por transação penal no juizado instalado no estádio. A partida foi classificada pelas autoridades envolvidas no plano de segurança como pertencente à categoria “bandeira vermelha”, isto é, de risco máximo.

As discussões em relação a forma mais adequada de lidar e prevenir essas questões, na tentativa de identificar os culpados pelo tumulto, se tornaram o foco do espetáculo. Em trecho da nota divulgada pela CBF, a entidade afirmou que “a realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL”.   

Nesse sentido, o órgão desportivo também ressaltou que os planos de ação e segurança haviam sido previamente aprovados pelas autoridades de segurança pública presentes na primeira reunião para tratar do assunto, ocorrida no dia 16 de novembro, às 11h. Apesar da própria CBF não ter enviado representantes ao encontro citado, Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, e outras instituições estavam presentes para deliberar.

Na ocasião, ficou decidido que os torcedores argentinos seriam direcionados para o setor sul, mas sem acesso exclusivo, além de não ter havido qualquer restrição em relação à presença mista de torcidas no local.


Jogadores argentinos e Marquinhos, do Brasil, tentaram apaziguar a confusão.

Jogadores argentinos e Marquinhos, do Brasil, tentaram apaziguar a confusão (Foto: reprodução/TV Globo)


Como resposta à nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro também emitiu documento semelhante, informando que o planejamento estratégico nesse âmbito teria sido dificultado. De acordo com a instituição, a não divisão de torcidas foi atribuída à “[...] venda de ingressos sem distinção, o que foi organizado pela organização do evento”, e que “os agentes do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe) atuam nos casos em que a situação não é prontamente controlada pela equipe de segurança particular".

Em relação à primeira reunião organizada pelas autoridades de segurança pública, apenas dois representantes da Brax, uma parceira comercial da CBF, marcaram presença. Em novo encontro na véspera da partida, os ausentes da vez foram os representantes da Ferj, o que pode ser interpretado como uma dissonância entre as duas entidades.

A CBF também alegou que o modelo sem separação das torcidas não é inédito, e que outro clássico recente entre Brasil e Argentina, pela semifinal da Copa América de 2019, foi disputado com áreas de torcida mista. Segundo afirmado, "não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF". Confira a nota oficial da CBF na íntegra.

Nota oficial da PMRJ:

"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que na noite desta terça-feira (21/11), policiais militares do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE) atuaram em uma confusão entre torcedores, durante a realização da partida entre Brasil e Argentina válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo, no Estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Ao todo, oito pessoas foram conduzidas ao Juizado Especial Criminal. De acordo com o comando da unidade, a confusão teve início durante a execução do hino nacional da equipe visitante.

Cabe ressaltar que, não havia divisão entre torcidas nos setores do Estádio do Maracanã, por conta da venda de ingressos sem distinção entre as torcidas, o que foi definido pela organização do evento.

Os agentes do BEPE atuam nos casos em que a situação não é prontamente controlada pela equipe de segurança particular, de acordo com protocolos estabelecidos pela organização da competição."

Dessa forma, a instituição firmou sua posição em sentido contrário. Segundo o que é alegado, o processo genérico de venda de ingressos teria deixado as autoridades de mãos atadas em relação ao plano de segurança. 

Foto destaque: Torcedores das duas seleções e agentes de segurança estiveram envolvidos na briga. (Reprodução/Folha/Eduardo Anizelli/Folhapress)

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