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Após derrota para a Argentina, Diniz minimiza tropeços e diz que derrota foi injusta

Em entrevista coletiva pós-jogo, o técnico do Brasil deu sua visão sobre a fase difícil que a Seleção está passando e criticou os torcedores que vaiaram o time durante performance

22 Nov 2023 - 13h41 | Atualizado em 22 Nov 2023 - 13h41
Após derrota para a Argentina, Diniz minimiza tropeços e diz que derrota foi injusta Lorena Bueri

A fase da Seleção Brasileira não está nada boa. Depois de perder ontem (21) para a Argentina em pleno Maracanã, o Brasil registrou sua pior marca nas Eliminatórias: nunca antes, em sua história, o Canarinho havia sido derrotado em casa. Além disso, considerando as derrotas para Uruguai e Colômbia - partidas válidas também pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, assim como o jogo com a Albiceleste -, o tabu de nunca ter perdido por três vezes consecutivas também caiu. Técnico interino da Seleção, Fernando Diniz, deu uma entrevista coletiva após o jogo com os “hermanos” e deu sua visão sobre o atual momento, minimizando os tropeços, afirmando que a derrota foi injusta e criticando os torcedores que vaiaram a Seleção antes do apito final.

Derrotas fazem parte do processo

Dizendo acreditar na força do trabalho, o treinador da Seleção defendeu seus jogadores e afirmou que está satisfeito com a recente evolução da equipe: 

O desempenho a gente controla. E eu acho que é um caminho. Quando você controla o treinamento, as coisas que você pretende fazer no jogo, mas às vezes o resultado escapa. Como é que vai fazer para ganhar? Deixar de evoluir, deixar de construir? Deixar de acreditar nos meninos que jogaram hoje, um monte que nasceu nos anos 2000? Isso é o futuro que a gente tem. E os jogadores se empenharam. Se conseguirmos melhorar isso, a tendência é de os resultados aparecerem de maneira consistente.”

“Eu acho que se a gente conseguir aprofundar cada vez mais as nossas relações internas, crescer no trabalho, nos treinamentos, os resultados devem aparecer. Não temos garantia de que vão aparecer, a gente pode garantir é trabalho. Tivemos erros que têm a ver com a nossa pouca convivência, ainda que a gente conseguiu corrigir pra esse jogo, mas não consegue corrigir tudo. Contra a Colômbia, marcamos muito mal em linha baixa, hoje marcamos bem o tempo todo. Então, é parte de uma construção. Eu acredito na força do trabalho”, completou.


Argentinos comemorando a vitória no Maracanã (Foto: reprodução/X/@sensacionalista)


Derrota injusta

Ao fazer sua análise do jogo, Diniz comentou sobre o equilíbrio apresentado em campo, mas reiterou que, em sua visão, o Brasil era mais merecedor da vitória e o resultado foi injusto:

“A Argentina não teve nenhuma chance para fazer, a única que teve foi no escanteio, a gente errou na marcação e o Otamendi conseguiu fazer o gol. Tivemos quase também chances em muitos contra-ataques meio claros para acertar o último passe e poder finalizar. Estivemos muito mais perto da vitória do que a Argentina. Achei o resultado bastante injusto.”

“Olé” para a Argentina incomodou

Antes do término do Superclássico, a torcida brasileira ficou revoltada com mais uma derrota e começou a gritar “olé” em favor dos argentinos, um claro sinal de protesto. Para Fernando Diniz, a reação foi compreensível, mas um pouco exagerada.

Diniz comandou o Brasil em seis oportunidades, obtendo o aproveitamento de duas vitórias, um empate e três derrotas. Em 6° lugar na tabela de classificação das Eliminatórias, o Brasil atualmente ocupa a última das vagas diretas para a Copa do Mundo de 2026.

 

Foto destaque: Fernando Diniz, técnico da Seleção Brasileira (Reprodução/X/@choquei)

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