Esportes

A importância dos eventos esportivos femininos

A Girl Power Run, em 1º de setembro no Rio de Janeiro, reuniu mais de 5.000 mulheres, destacando a importância da participação feminina no esporte e seu impacto positivo na saúde mental e empoderamento

04 Set 2024 - 12h14 | Atualizado em 04 Set 2024 - 12h14
A importância dos eventos esportivos femininos Lorena Bueri

No último domingo, 1º de setembro, o Rio de Janeiro sediou um evento marcante para o esporte feminino: a Girl Power Run. Realizada no Aterro do Flamengo, a corrida reuniu mais de 5.000 mulheres em um evento exclusivo para o público feminino. Com distâncias de 5 e 10 km, o evento não apenas celebrou a prática esportiva, mas também destacou a importância da participação feminina em competições esportivas, uma oportunidade que era restrita há pouco mais de meio século.

A história das mulheres na corrida e o papel social

Historicamente, as competições masculinas sempre ofereceram prêmios em dinheiro significativamente maiores do que as femininas, seja em maratonas de elite ou em eventos amadores. Além disso, os homens frequentemente recebiam bônus adicionais por quebra de recordes, acentuando ainda mais essa disparidade. No início do século XX, as mulheres eram amplamente excluídas das competições esportivas, incluindo a corrida, com a justificativa de que o exercício intenso era prejudicial à saúde feminina. Apenas em 1928, durante os Jogos Olímpicos, as mulheres foram autorizadas a competir em provas de atletismo, mas a participação em maratonas e outras corridas de longa distância ainda era proibida. Apenas em 1967, Kathrine Switzer se tornou a primeira mulher a participar de uma maratona, desafiando as normas da época e enfrentando tentativas dos organizadores de retirá-la da prova. Somente em 1972 as mulheres foram oficialmente autorizadas a participar de maratonas, na Maratona de Nova York. Atualmente, eventos esportivos voltados para o público feminino, como a Girl Power Run vão muito além da competição, funcionando como plataformas para campanhas de conscientização e arrecadação de fundos. O evento destacou a importância da prevenção do câncer de colo do útero, uma das principais causas de morte entre mulheres brasileiras de 20 a 49 anos. A corrida serviu como um espaço para reforçar a importância da vacinação contra o HPV e a realização de exames preventivos, essenciais para reduzir o risco da doença.


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Kathrine Switzer, primeira mulher a correr uma maratona (Reprodução/Bettmann/Getty Images Embed)


Experiências pessoais e o impacto do esporte feminino

Isabela Rodrigues, influenciadora digital que encontrou na corrida uma comunidade de apoio, vê a prática como uma forma de melhorar a saúde mental. "A corrida me incentiva a ter uma rotina, o que contribui para minha saúde mental", compartilhou. Ela destacou que o Girl Power Run se destacou dos demais eventos esportivos por reunir exclusivamente mulheres de todas as idades. "Trouxe um maior senso de comunidade e a certeza de que nós, mulheres, ocupamos sim lugares tipicamente masculinos, como o mundo esportivo e, mais especificamente, o da corrida." Julia Gomes, estudante de 24 anos, também destacou os benefícios da corrida. "Ela me ajuda a controlar a ansiedade; é uma ótima válvula de escape, principalmente quando estou sob muito estresse. Além disso, correr me dá disposição para lidar com as demandas do dia a dia." Julia também comentou sobre o apoio das marcas ao esporte feminino: "É importante porque nos incentiva a testar nossos próprios limites e nos convida a questionar por que as modalidades femininas não têm tanto reconhecimento quanto as masculinas, especialmente na corrida. Ver marcas que apoiam essa causa, como a Decathlon, é reconfortante pela visibilidade que trazem para as pautas feministas." O apoio de marcas esportivas que se envolvem em causas feministas e promovem a visibilidade das mulheres no esporte reflete uma mudança positiva. Eventos voltados para o público feminino são essenciais para destacar e convidar novas participantes, empoderar as mulheres e mostrar que elas também pertencem a esse ambiente. O crescente investimento no esporte feminino está ajudando a modificar essa narrativa, com as atletas femininas se tornando referências para novas gerações de corredoras, aumentando a conscientização sobre a igualdade de gênero no esporte e incentivando mais mulheres a praticarem e se destacarem nesse cenário predominantemente masculino.


Foto Destaque: Corrida Girl Power Run Rio de Janeiro (Reprodução/Giovanna Gabriel)


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