O filme "O Brutalista", um dos títulos mais comentados desta temporada de premiações, enfrenta resistência entre os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
A produção de Brady Corbet, que ultrapassa as três horas de duração, tem sido apontada como difícil de assistir, com alguns votantes confessando que não viram o filme inteiro. Apesar disso, o longa continua sendo cotado para até oito indicações ao Oscar.
Duração e temática pesada são obstáculos
De acordo com uma reportagem da Variety, muitos membros da Academia têm expressado dificuldades em dedicar tanto tempo a um filme tão denso e com uma temática pesada.
Alguns votantes indicaram que, embora considerem a qualidade do filme, a longa duração e o tom sombrio impactaram a experiência de visualização.
Além disso, o clima de escapismo que tomou conta da temporada de premiações neste ano, com uma busca por histórias mais leves diante da crise política e dos incêndios em Los Angeles, pode ter contribuído para um distanciamento de "O Brutalista".
Outros longas, como "Um Completo Desconhecido" e "Wicked", têm se beneficiado dessa tendência por oferecerem uma fuga da realidade.
Trailer do filme (Vídeo: reprodução/YouTube/@A24)
Elenco e enredo ambiciosos
"O Brutalista", que estreia nos cinemas em 20 de fevereiro de 2025, conta com um elenco de destaque, incluindo Adrien Brody, Felicity Jones, Guy Pearce e Alessandro Nivola.
O filme acompanha a história de László Tóth, um arquiteto judeu e húngaro que se refugia nos Estados Unidos com sua esposa, Erzsébet, para escapar do nazismo.
Embora Tóth seja uma figura fictícia, seu nome é o mesmo do geólogo responsável por vandalizar a Pietà de Michelangelo. O longa, portanto, mistura um retrato histórico com uma reflexão sobre arte e memória.
O anúncio dos indicados ao Oscar será realizado em 23 de janeiro, com a cerimônia marcada para 2 de março, em Los Angeles.
Foto destaque: Adrien Brody dá vida ao arquiteto fictício László Tóth (Reprodução/Everett Collection)