Após o envolvimento de Carla Zambelli (PL - SP) em um episódio que a deputada apontou uma arma para um homem durante o período do segundo turno, em São Paulo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o recolhimento da pistola usada pela depurada e a suspensão do pote de arma de Carla Zambelli.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, ordenou que fosse realizado um acordo com a parte envolvida, onde Carla Zambelli entregue voluntariamente a arma ou que a pistola seja apreendida em um dos endereços.
"O tensionamento político atual, a iminente transição pacífica de poder e o porte indevido da arma de fogo para suposto exercício do direito de defesa da honra revelam que a suspensão cautelar do porte e a apreensão da arma de fogo são medidas suficientes para coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública", escreveu Lindôra Araújo.
Vídeo: Carla Zambelli saca arma nos arredores da Av. Paulistahttps://t.co/QatmVbE7uB
— VEJA (@VEJA) October 29, 2022
Ainda de acordo com a análise da vice-PGR, o caso de Carla Zambelli pode configurar como crime de porte de arma ilegal, já que a deputada não possuía autorização para andar armada e nem adentrar estabelecimentos com armamento.
Dessa maneira, Lindôra pontua que irá negociar um acordo de não persecução penal (ANPP) com Carla Zambelli, para finalizar o processo.
Contudo, Carla Zambelli prossegue o epísodio contestando a ordem da vice-PGR, e alega que Lindôra "erra ao dizer que o porte é ilegal". "A deputada reitera, ainda, que encontra-se em missão oficial e não tem condições, ainda que fosse legítimo o pedido, de proceder com a entrega da pistola e munições", diz a nota.
O vídeo que registrou o ocorrido, mostra Carla Zambelli acompanhada de um grupo de homens e apontando arma para um homem sozinho, que tentava escapar da investida do grupo da deputada.
Foto destaque: Carla Zambelli. Reprodução/Folha Uol.