Aconteceu nesta quinta (13) a exibição especial do documentário “Vale Tudo com Tim Maia”, exclusivo do Globoplay, no Festival do Rio. O Cine Odeon, cinema histórico na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, recebeu presenças ilustres para comemorar a série que revela ao Brasil versões não conhecidas do saudoso Tim Maia. A equipe Lorena.R7 acompanhou o tapete vermelho e te conta tudo que rolou!
Com produção da Globoplay, direção dos especialistas Nelson Motta e Renato Terra e cenas inéditas do acervo pessoal de Carmelo Maia, a série documental chega em um formato surpreendente, com narração do próprio Tim Maia, contando suas versões dos fatos exibidos.
De acordo com Carmelo, em entrevista ao Festival do Rio, “Vale Tudo” mostra quem foi o Sebastião, bem além do célebre Tim que o Brasil inteiro conheceu.
“Esse documentário é completamente diferente do filme, é um documentário onde mostra o Sebastião. A gente vai estar falando sobre coisas que ele nunca quis em vida falar, como por exemplo o lado caridoso dele, em que ele ajudava dois orfanatos. Fretava dois, três ônibus com 150 crianças e mandava pra nossa casa, fazia churrasco...então vocês vão ver exatamente o Sebastião com um pouco de Tim Maia. O Tim Maia a gente já está cansado, no bom sentido, de enxergar, mas o Sebastião, não. É muito bacana de ver que o coração do Sebastião tem o tamanho do Tim Maia.”
Carmelo Maia no Festival do Rio. (Foto: Eduarda Monteiro)
"A gente se acostumou a ver aquelas imagens do Tim Maia doidão e tal, mas essa série também revela esse lado do Tim. Um Tim família, que se preocupava com as crianças, que era muito respeitoso com a mãe dele. Um Tim Maia que pouca gente conheceu dentro dessas várias facetas.", disse Renato Terra, diretor da série, ao gshow.
O jornalista, crítico musical e autor da biografia “Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia”, Nelson Motta, grande conhecedor da história de vida de Tim, revelou ao gshow que o cantor polêmico era pra lá de carinhoso e livre. Segundo Motta, o artista era a reencarnação da liberdade, e que só fazia o que queria, quando queria. Nelson ainda diz que o fim da vida de Maia foi triste, mas que sua obra é eterna.
Nelson Motta no Festival do Rio. (Foto: Eduarda Monteiro)
Carmelo também brincou, dizendo que tem uma família muito grande, mas que os ônus e bônus foi ele quem herdou, como os processos judiciais do pai, que de acordo com ele, somam 413. “Minha segunda casa é o tribunal. São 413 processos que ele acumulou em vida. Eu deveria ganhar livro do Guinness.", contou ao gshow.
Tim foi um grande incentivador e patrocinador da carreira de ator de Carmelo, que é formado em Artes Cênicas, mas ele jamais interpretaria o pai. Ele afirma que achou gravações dos anos 90 com Tim cantando em espanhol mas que ainda não mexeu. Carmelo conta que tem um projeto musical grande em andamento, que não pode dar muitos detalhes ainda, mas que com certeza não o terá no papel principal.
A série documental estreou no último dia 28 na plataforma de streaming do Globoplay, na data em que Tim completaria 80 anos de vida. Dividida em três episódios, mostra a infância, o início da carreira, até o auge e os momentos íntimos com familiares e amigos.
Foto destaque: Carmelo Maia e Nelson Motta no Festival do Rio. Divulgação/Eduarda Monteiro
