A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas do Oscar decidiu por não revogar a indicação da atriz Andrea Riseborough à estatueta de melhor atriz. A academia estava averiguando se houve irregularidades na campanha feita por Riseborough, indicada pelo longa-metragem “To Leslie”.
Embora a academia mantenha a indicação da atriz, as atitudes dos artistas que apoiaram Andrea acabaram por não agradarem em nada a instituição. Além das campanhas nas redes sociais, as personalidades das artes enviaram mensagens para que os jurados assistissem ao filme e indicassem Riseborough.
Nomeada à categoria de Melhor Atriz, a campanha polêmica de Andrea quase fez a artista ser desclassificada:https://t.co/DUQrbuLk7P
— Hollywood Forever.TV (@hollywoodforev3) February 1, 2023
Post sobre a notícia. (Reprodução/Twitter @hollywoodforev3)
Bill Kramer, o presidente da Academia, em nota disse: “Com base nas preocupações que surgiram na semana passada em torno da campanha de premiação To Leslie, a Academia começou uma revisão das táticas de campanha do filme”. O texto, que foi divulgado pela “Variety”, continua com: “A Academia determinou que a atividade em questão não atinge o nível que a indicação do filme deve ser rescindida. No entanto, descobrimos mídias sociais e táticas de campanha de divulgação que causaram preocupação. Essas táticas estão sendo abordadas diretamente com as partes responsáveis”.
Sobre o caso
Segundo o “THR”, o estatuto das campanhas para o prêmio aponta ser extremamente proibido “entrar em contato com os membros da Academia diretamente e de maneira fora do escopo das regras para promover um filme ou uma conquista para a consideração do Oscar”. A campanha para Andrea Riseborough foi principalmente feita por meio de postagens nas redes sociais de atores e também jantares que foram organizados por nomes como Courteney Cox, Gwyneth Paltrow, Jennifer Aniston, Demi Moore e outros artistas.
Conforme detalhado pelo “Omelete”, um outro ponto que a campanha pela atriz descumpriu regras foi que Mary McCormack, esposa do diretor Michael Morris, e vários amigos enviaram e-mails a votantes do prêmio para que assistissem ao longa-metragem e indicassem a Riseborough.
No ano de 2014, a Academia rescindiu uma indicação para o compositor Bruce Broughton e sua música “Alone Yet Not Alone” do filme do homônimo pois foi descoberto que ele “pressionou indevidamente” mais de 70 membros dos votantes da ala musical da Academia para indicar a canção. Além disso, o compositor era um ex-representante do conselho de governadores, e outra regra afirma que o envio de músicas devem ser anônimos para evitar influência indevida.
No entanto, a declaração do conselho a respeito de Broughton à época também pode ser aplicada à Riseborough: “A Academia se dedica a fazer tudo o que pode para garantir condições equitativas para todos os possíveis candidatos ao Oscar - incluindo aqueles que não desfrutam do acesso, conhecimento e influência de um membro de longa data da academia”.
A 95ª cerimônia do Oscar vai acontecer no dia 12 de março de 2023 e vai contar com a apresentação de Jimmy Kimmel, que vai assumir esse papel pela terceira vez.
Foto Destaque: A Academia decide por manter indicação histórica de Andrea Riseborough ao Oscar 2023. Reprodução/Momentum Pictures.