Nesta terça-feira (01), Oliver Stone, diretor do filme franco-estadunidense JFK, não economizou elogios quando o assunto foi o filme Oppenheimer. O longa-metragem tem sido um dos assuntos mais comentados desde sua estreia, juntamente com Barbie, já que ambos foram lançados no mesmo dia.
Em um feedback feito no Twitter, Oliver comentou que quase realizou um filme baseado no livro que inspirou o longa: “No sábado, assisti às três horas de #Oppenheimer, envolvido na narrativa de Chris Nolan. Seu roteiro é complexo e fascinante’’.
E continuou: “Embora eu conhecesse o livro de Kai Bird e Martin J. Sherwin, recusei o projeto uma vez porque não conseguia encontrar sua essência. Nolan, porém, conseguiu encontrá-la’’, disse ele.
Saturday, I sat through 3 hours of #Oppenheimer, gripped by Chris Nolan’s narrative. His screenplay is layered & fascinating. Familiar with the book by Kai Bird & Martin J. Sherwin, I once turned the project down because I couldn’t find my way to its essence. Nolan has found it. pic.twitter.com/4WSljbYxPb
— Oliver Stone (@TheOliverStone) August 1, 2023
Tweet de Oliver Stone (Reprodução/Twitter @TheOliverStone)
Além disso, Oliver Stone utilizou de termos como “impressionante’’ e “deslumbrante’’ para descrever sua admiração pela direção de Nolan. Sendo assim, segundo ele, os fatores que o surpreenderam fortemente foram a grande quantidade de acontecimentos em meio a tantas conversas.
Não só a direção surpreendeu Stone, como também a fiel interpretação de Cillian Murphy, o protagonista do filme: “Cada ator me surpreende, especialmente Cillian Murphy, cujos olhos expressivos aqui parecem normais ao interpretar um gênio como #Oppenheimer’’, contou ele.
Vale a pena ressaltar que Christopher Nolan, ou apenas Nolan, é o responsável pela direção do filme. Dentre suas super direções também estão: “Batman, O Cavaleiro das Trevas’’, “A Origem’’ e “Interestelar’’.
Conheça o Oppenheimer que inspirou o longa-metragem
Julius Robert Oppenheimer foi um físico teórico americano. Ele ficou conhecido como “o pai da bomba atômica’’ após ter entrado para o projeto Manhattan no ano de 1942 (ano em que ainda estava acontecendo a Segunda Guerra Mundial).
O projeto estadunidense consistia em construir bombas atômicas antes dos nazistas. Nele, Oppenheimer auxiliou na criação das bombas atômicas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki no ano de 1945, resultando na morte de mais de 100 mil pessoas.
Julius Robert Oppenheimer (Foto: Reprodução/National Geographic)
Posteriormente, no ano de 1943, Oppenheimer foi nomeado diretor de um laboratório no Novo México, um dos estados dos EUA, onde ficou encarregado pelo desenvolvimento de novas armas.
Além disso, Julius Robert Oppenheimer também se destacou dentre as pessoas que observaram o teste Trinity, em julho de 1945. Conduzido pelos Estados Unidos, o teste Trinity foi o primeiro teste de arma nuclear da história.
Biografia de Oppenheimer chega em território brasileiro
O livro “Oppenheimer: O Triunfo e a Tragédia do Prometeu Americano'', traduzido de George Schlesinger, foi lançado no Brasil pela editora Intrínseca. A biografia de Oppenheimer recebeu o prêmio Pulitzer, prêmio estadunidense destinado a pessoas que tenham feito trabalhos de renome em áreas como o jornalismo, composição musical ou literatura.
A obra, que foi escrita pelos historiadores Kai Bird e Martin J. Sherwin, como foi dito anteriormente, serviu de inspiração para o longa-metragem de Oppenheimer.
Capa do livro biografia de Oppenheimer (Foto: Reprodução/Amazon)
Assim como o filme, a vida de Oppenheimer é narrada em meio a detalhes reveladores. Deste modo, conta com passagens pelos seus primeiros anos escolares, além de sua ida para Berkeley, na Califórnia, onde ele estabeleceu na década de 1930 a escola norte-americana de física teórica e se tornou engajado não só em causas sociais, como também com pessoas adeptas ao comunismo.
Foto destaque: Oliver Stone. Reprodução/The Hollywood Reporter
