Cinema/TV

Negociação frustrada com os estúdios irrita sindicato dos roteiristas

Sindicato dos Roteiristas de Hollywood (WGA) faz críticas aos representantes dos grandes estúdios (AMPTP) após vazamento de proposta apresentada aos roteiristas, atrasando um possível encerramento da greve.

23 Ago 2023 - 16h55 | Atualizado em 23 Ago 2023 - 16h55
Negociação frustrada com os estúdios irrita sindicato dos roteiristas Lorena Bueri

No início de agosto, os estúdios de Hollywood, representados por Carol Lombardini, presidente da AMPTP (Aliança de Produtores de Cinema e Televisão), iniciaram uma rodada de negociações com o WGA (Associação de Escritores da América), representados por sua principal negociadora, Ellen Stutzman. No entanto, parece que as tratativas em busca do fim da greve ainda não chegaram a uma conclusão positiva.

Segundo o Omelete, esta história ganhou um novo capítulo, resultando em um aumento das tensões entre as partes envolvidas.

Conforme detalhado pelo The Hollywood Reporter, houve frustração por parte do sindicato quando a AMPTP divulgou para a imprensa a proposta apresentada em 11 de agosto aos roteiristas na tentativa de encerrar a greve, que já dura mais de 100 dias.

Essa proposta foi apresentada durante um encontro entre representantes do WGA e um grupo de executivos liderado por figuras como Bob Iger (Disney), David Zaslav (Warner Bros. Discovery), Donna Langley (Universal) e Ted Sarandos (Netflix).

A oferta dos estúdios incluía alternativas para muitas das demandas feitas pelo sindicato, como a definição de um número mínimo de roteiristas para produções de séries de TV e garantias de remuneração justa para profissionais envolvidos em projetos que utilizassem inteligência artificial no processo criativo.

Entretanto, o WGA não se mostrou satisfeito com as "limitações, falhas e omissões" da proposta. Em um comunicado oficial, o sindicato declarou: "As políticas propostas pelos estúdios não conseguem proteger adequadamente os roteiristas diante das ameaças existenciais ao seu trabalho, que foram os motivos que nos levaram a iniciar essa greve".

O sindicato também comentou sobre a intenção dos estúdios durante o encontro: "Nós deixamos claro que toda greve possui consequências, e no nosso caso, essas consequências deveriam ser respostas abrangentes - e não parciais - para as questões que eles contribuíram para criar em nossa indústria. Contudo, no fim das contas, a intenção dos estúdios ao realizar essa reunião não era buscar um acordo. Eles buscavam, na verdade, nos forçar a ceder às suas exigências".

O comunicado prossegue: "Foi por essa razão que, em menos de 20 minutos após o encerramento da reunião, a AMPTP divulgou um resumo das propostas que nos apresentou. Desde o início, esse era o plano das empresas - eles não almejavam negociar, mas sim obstruir nosso progresso. Essa é a única estratégia que eles têm, a única aposta que estão dispostos a fazer: eles buscam nos dividir uns contra os outros".


Bob Iger Disney
Bob Iger, presidente da Disney. (Foto: reprodução/Suno/Disney)


Relembrando os Motivos da Greve

O sindicato dos roteiristas iniciou a greve em 1º de maio alegando a necessidade de várias alterações em seu contrato com os grandes estúdios de Hollywood. Entre as demandas apresentadas estão mudanças no cálculo dos pagamentos residuais para roteiristas relacionados à exibição contínua de suas obras na TV e streaming, regulamentação da estrutura das salas de roteiristas televisivas e, principalmente, proteções contra o uso de inteligência artificial na produção de filmes e séries. Já existe uma nova proposta na mesa, datada da última sexta-feira, 18 de agosto, que está nas mãos do WGA.

Greve dos Atores

Em 14 de julho, o sindicato SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists), que representa os atores de Hollywood, também aderiu à greve, unindo-se aos roteiristas para pressionar os estúdios a aumentar as taxas de pagamento e os pagamentos residuais para conteúdo de streaming e desenvolver regras e proteções em torno do uso de inteligência artificial na TV e no cinema. As greves simultâneas dos sindicatos de roteiristas e artistas, a primeira em Hollywood desde 1960, paralisaram a maioria das produções de TV e cinema, adiando várias produções e premiações.

Foto destaque: Um roteirista de televisão e membro da WGA protestando em frente aos estúdios Disney em Burbank, Califórnia. Reprodução/NBC News/Irfan Khan/Los Angeles Times.

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