O reconhecido cineasta Martin Scorsese, famoso por diversas obras importantes para o cinema e muitas vezes premiadas, é o centro das atenções no Festival de Cinema de Berlim, onde será agraciado com o prestigioso Urso de Ouro Honorário. Em uma entrevista coletiva, Scorsese compartilhou sua perspectiva sobre o estado atual do cinema, desafiando a noção de que a indústria está em declínio.
Uma transformação necessária
Quando confrontado com a ideia do fim do cinema, Scorsese foi categórico ao rejeitá-la. Para ele, o cinema não está à beira da extinção, mas sim em meio a uma significativa transformação. O diretor enfatizou que avanços tecnológicos têm redefinido a forma como o público consome conteúdo audiovisual. No entanto, ele ressaltou que essa evolução não representa o fim do cinema, mas sim uma adaptação inevitável ao progresso.
O poder da voz individual
Scorsese destaca que, mesmo diante das mudanças tecnológicas, a essência da voz singular dos criadores permanece inalterada. Seja em um breve vídeo no TikTok, um longa-metragem cinematográfico ou uma minissérie, a expressão artística mantém sua potência como meio de comunicação. O diretor enfatiza a importância de não se sentir intimidado pela tecnologia, mas sim de usá-la de forma consciente para enriquecer as narrativas individuais e criativas.
O futuro do cinema
Robert De Niro e Leonardo DiCaprio em "Assassino da Lua das Flores" (Foto: reprodução/divulgação/Paramount Pictures)
Apesar dos desafios que a indústria cinematográfica enfrenta, Scorsese mantém um otimismo firme em relação ao futuro do cinema. Ele revela seus planos para um novo filme centrado em Jesus Cristo, enfatizando sua aspiração de produzir uma obra singular e provocativa. Além disso, o diretor comemora o lançamento de "Assassinos da Lua das Flores" no serviço de streaming Apple TV+, demonstrando sua disposição em se adaptar às novas formas de distribuição de conteúdo.
Foto Destaque: diretor Martin Scorsese (Reprodução/Gennaro Leonardi/Depositphotos)